George olhou para mim, realmente surpreso, como se só naquele momento percebesse a gravidade.
— Você... Machucou o pé?
Mordi os lábios e não falei nada, já esperando por algum comentário sarcástico ou acusação injusta dele, então achei melhor me calar.
Ele se agachou para olhar com mais atenção, mas na mesma hora retraí a perna, não querendo dar a ele aqueles acesso fácil.
Só que George não era do tipo que desistia fácil. Ele franziu a testa e, sem pedir licença, segurou minha perna e puxou suavemente o meu pé machucado para mais perto.
Olhou fixamente o tornozelo inchado e avermelhado por alguns segundos, o semblante dele foi ficando cada vez mais sério, quase sombrio.
— Você se machucou desse jeito e ficou o tempo todo sem me falar nada?
Tentei rir com sarcasmo, segurando a irritação.
— Para quê? Para ver se você se tocava? Ou você realmente acha que se importaria?
Ele só me encarou, com aquela expressão tensa, mas em vez de soltar mais alguma acusação, colocou os braços debaixo de