Naquele momento, comecei a sentir o ar sumindo. Instintivamente tentei afastar a mão de George do meu pescoço, mas os dedos dele continuaram firmes, inabaláveis.
O olhar que ele me lançava era tão frio e intenso que fazia meu corpo todo se arrepiar.
— Então você me detesta tanto assim? Nem para atender minha ligação você se esforça? — A voz dele saiu baixa, mas com uma frieza cortante.
— Eu estava trabalhando, de verdade. Não consegui atender suas ligações. — Tentei responder com sinceridade, sem entender como algo tão pequeno poderia realmente provocar uma cena daquelas.
Era só o fato de não atender, mas ele agia como se fosse uma traição, ou talvez estivesse chateado com Mariana e, como sempre, descontava em mim.
— Não conseguiu atender? No seu trabalho nem fazem pausa para o almoço? — Ele rebateu, usando um tom cheio de ironia, claramente provocador.
— Eu...
— Ou será que estava ocupada demais com outro homem, e ficou com medo de que minha ligação atrapalhasse a diversão? — Ele fa