Só quando ouviu minha resposta, meu pai finalmente se acalmou.

O problema era que, naquela altura, o céu já escurecia e eu continuava sem saber onde, ou com quem, ainda poderia arrumar tanta grana.

Fora o George, não havia ninguém com quem contar. Mas o pior mesmo foi que nem ele quis me ajudar. Não tinha ideia do que fazer.

Sentada no meio-fio, com o celular na mão, comecei a ligar para toda a minha lista de contatos, procurando qualquer pessoa que sequer cogitasse me ajudar. Fui humilde, pedi com jeitinho, repeti o discurso do meu irmão, mas ninguém quis me emprestar sequer um real. Teve gente que só me respondeu com palavras frias, outros até riram e ainda fizeram piadinha atrás do telefone.

Quando tentei falar com Clara, ela estava no hospital acompanhando a mãe, que estava doente e precisava de um tratamento que custava caro. Disse que o pai se negava a ajudar e, no meio do desabafo, ela começou a chorar pelo telefone.

Diante disso, não consegui abrir a boca para pedir nada. Só