Eu até cheguei a duvidar se a garota da foto era mesmo eu ou se era apenas alguém muito parecida comigo que, na verdade, não fosse eu.
Também cheguei a suspeitar que, quando George disse que eu não me lembrava das coisas da infância, ele, na verdade, tivesse confundido a pessoa. Talvez ele tenha me confundido com aquela menina que, quando criança, fez uma promessa com ele. E talvez aquela menina fosse, de fato, a garota da fotografia.
— Inacreditável, né? — Bruno sorriu para mim. — Naquela época, ele já queria você.
Com esforço, contive a tempestade que se formava dentro de mim e disse em voz baixa:
— Vocês com certeza confundiram a pessoa. Aquela não sou eu. Antes de conhecer você, eu nem sequer o conhecia. Então, não tem como ele ter uma foto minha, muito menos gostar de mim.
Bruno apenas deu de ombros, sem expressar nenhuma opinião. Ele disse:
— Acredite se quiser, mas o fato é que ele sempre quis você. Inclusive, naquela noite da reunião de ex-alunos, aquilo foi uma armadilha que e