Franzi as sobrancelhas. Sentia que Bruno, com certeza, havia se equivocado em alguma coisa.
Do ponto de vista dele, George havia feito muitas e muitas coisas por gostar de mim.
Mas, sob a minha perspectiva, aquele homem, nitidamente, fez diversas coisas para me ferir, tudo por desprezo.
"Então, afinal... Qual é a verdade?"
Quando o cigarro chegou ao fim, a bituca caiu no chão. Bruno a esmagou com força sob o pé.
Ele se levantou e disse num tom frio e arrastado:
— Me diga, se o George souber que você fugiu comigo... Até que ponto ele ficaria furioso?
Fiquei em silêncio, mas eu conseguia imaginar perfeitamente o homem tomado por uma fúria incontrolável.
Afinal, no dia a dia, bastava que eu trocasse algumas palavras com Bruno para que George se enfurecesse.
Naquele momento que eu havia fugido com Bruno... Não queria nem imaginar a furia de George.
Olhei para o homem à minha frente, com aquele sorriso sombrio e cruel, e senti uma onda de autodepreciação me tomar por dentro.
Na última vez,