Pacto de prazer

Pacto de prazerPT

Romance
Última atualização: 2025-09-08
Enneyah arievilo   Atualizado agora
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10
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Resumo
Índice

Prila é uma jovem intensa, inteligente e sedutora, navegando entre seu crescimento profissional e as emoções que a envolvem. Apaixonada por Derek, ela se vê envolta em provocações, desejos e segredos que a confundem, sem saber em quem confiar. Enquanto isso, a vida a leva a Memphis, onde começará a morar com sua amiga Janice e enfrentar novos desafios: uma entrevista em uma empresa de investimentos renomada, a independência de um novo lar e a descoberta de relações complexas. Entre encontros provocantes, mensagens que mexem com a mente e a intimidade compartilhada, Prila precisa aprender a equilibrar prazer e razão, desejo e confiança, e a compreender o verdadeiro poder das conexões emocionais e sexuais que cruzam seu caminho.

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Capítulo 1

Capítulo 1 – O Beijo Roubado

.

O alarme do celular vibrou em cima da mesinha de canto, anunciando que o turno de Prila havia terminado. Ela suspirou, deixando de lado os brinquedos coloridos espalhados pelo chão da sala. A criança que ela cuidava já dormia há alguns minutos, respiração leve, boneca de pano apertada contra o peito.

Cuidar de crianças não era o trabalho dos sonhos, mas pagava as contas — mal e porcamente, é verdade. Aquele salário não passava de um alívio momentâneo, uma gota no oceano das suas necessidades. Enquanto apagava as luzes, Prila se pegou, mais uma vez, divagando sobre a faculdade que tanto sonhava cursar.

Será que um dia eu vou sair daqui? Será que essa cidade tem algo a mais pra mim?

Guardou as chaves na bolsa, trancou a porta e seguiu pelas ruas estreitas do interior. O trajeto até sua casa era curto, apenas alguns quarteirões, e naquela sexta-feira à noite o ar estava carregado de uma expectativa diferente. No dia seguinte aconteceria a tão esperada Festa do Município — evento que sempre atraía gente de cidades vizinhas, shows improvisados, barraquinhas de comida, cerveja barata e muita música.

Ao chegar em casa, mal conseguiu jantar direito. Passou a noite imaginando como seria a festa, embora o cansaço e a timidez sempre falassem mais alto. Prila nunca fora a mais sociável. Preferia os cantos tranquilos, conversas curtas, sem se expor demais. Mas algo dentro dela pulsava diferente naquela sexta-feira: uma mistura de ansiedade e curiosidade.

O sábado chegou com pressa. Ao cair da noite, as luzes da praça principal já piscavam em cores, alto-falantes testando microfones desafinados, o cheiro de pastel e espetinho se misturando ao de perfume adocicado.

Prila chegou acompanhada de duas colegas conhecidas de vista. Não demorou muito até que fosse apresentada a duas garotas que mudariam o rumo da noite: Janice e Belly.

— Você é a Prila, né? — disse Janice, estendendo a mão. Morena, de sorriso aberto, exalava energia. — Já ouvi falar de você. A Belly comentou que você curte rock também.

— E anime — completou Belly, ajeitando os óculos na ponta do nariz. Diferente da amiga, tinha uma postura mais calma, voz suave. — A gente precisa marcar uma maratona de animes qualquer dia.

Prila sorriu, surpresa pela facilidade da conexão.

— Sério que vocês também gostam? Aqui é difícil achar gente com os mesmos interesses…

— Então achou. — Janice piscou. — Hoje é só festa, mas depois vamos trocar umas playlists.

Riram juntas, e pela primeira vez Prila sentiu-se realmente incluída. A noite prometia.

Foi quando uma amiga de infância, Mariana, surgiu apressada, puxando-a pelo braço.

— Pri, vem cá rapidinho. Preciso falar com você.

— O que foi? — perguntou, estranhando o tom conspiratório.

— Seguinte… tem um cara querendo ficar comigo. Mas ele tá com um amigo. E só vai rolar se você ficar com ele também.

Prila arregalou os olhos.

— Como assim, Mariana? Eu nem conheço o sujeito.

— Ah, deixa de frescura. Ele é bonito, e o amigo dele… — Mariana mordeu o lábio, olhando discretamente para trás. — Você vai gostar.

Antes que pudesse responder, Prila sentiu uma presença atrás de si. Virou-se, e lá estava ele.

Derek.

Ruivo, barba bem aparada, cabelo comprido caindo de leve sobre os ombros. Uma aura de confiança perigosa emanava dele, como se tivesse certeza do efeito que causava. Os olhos, de um verde quase hipnótico, a analisaram com calma antes que ele simplesmente… se aproximasse e a beijasse.

Foi rápido. Um beijo roubado, firme, inesperado.

Prila ficou imóvel por um instante, incapaz de reagir. O coração disparou como se tivesse corrido uma maratona. Quando abriu os olhos, encontrou o rosto dele a centímetros do seu, um sorriso torto desenhado na boca.

— Eu sabia que você ia gostar — ele murmurou, voz grave o suficiente para arrepiar sua nuca.

Ela deveria ter empurrado. Deveria ter dito algo. Mas não conseguiu. Aquilo era novidade, era perigoso, era proibido. E, antes que percebesse, já estava se deixando levar, retribuindo o beijo. Não de forma entregue, mas como quem prova algo que sempre teve curiosidade de experimentar.

As mãos dele não avançaram, não ultrapassaram limites. Foi apenas beijo, mas intenso o bastante para bagunçar tudo dentro dela.

Quando se afastaram, Prila respirava rápido. Derek a encarava com a expressão de quem tinha acabado de vencer um jogo que ainda nem havia começado.

— Você é diferente das outras — disse, enigmático. — Eu gostei disso.

E antes que ela pudesse pensar numa resposta, ele já a puxava de volta para a pista de dança, como se aquela noite tivesse acabado de começar.

Ainda sem acreditar no que tinha acabado de acontecer, Prila deixou-se guiar até um canto mais afastado da festa. Derek segurava sua mão com firmeza, mas sem forçar. O sorriso de canto não sumia do rosto dele.

— Então… — ele começou, olhando para ela de cima a baixo como se quisesse decorar cada detalhe. — Você não é daqui, né?

Prila franziu a testa, rindo sem jeito.

— Claro que sou. Nasci e cresci aqui. Só não costumo sair muito…

— Jura? — Derek arqueou a sobrancelha. — Estranho, porque eu teria lembrado se já tivesse visto você.

Ela desviou o olhar, tentando disfarçar o rubor nas bochechas.

— Eu só saio em ocasiões raras. Tipo… festa do município, motoclube, essas coisas diferentes. Fora isso, é casa, trabalho, casa de novo.

Os olhos de Derek brilharam ao ouvir a palavra.

— Motoclube? Não acredito. Você curte rock também?

Prila soltou uma risada curta, ainda meio envergonhada.

— Desde sempre. Mas não costumo falar muito disso, sabe?

— E eu achando que tinha esbarrado numa menina certinha do interior… — ele provocou, aproximando o rosto mais uma vez. — No fundo você é uma rebelde disfarçada.

Ela revirou os olhos, tentando manter a compostura.

— Rebelde é exagero. Eu só gosto de algumas coisas diferentes.

— Algumas coisas diferentes… — ele repetiu, como quem guarda segredo. — Bom, eu sou de Maryland. Outra cidade pequena, mas um pouco mais animada que essa daqui.

Prila sorriu de leve.

— Então a gente tem isso em comum: dois sobreviventes de cidades onde nada acontece.

A conversa seguia leve, natural, quando ela percebeu a aproximação de duas figuras conhecidas: Janice e Belly, rindo alto enquanto caminhavam até eles.

— Priii! — Janice gritou, já se jogando em cima dela num abraço. — Você sumiu, menina!

Belly chegou logo atrás, curiosa, e seus olhos se fixaram em Derek.

— Ei… eu te conheço.

Para surpresa de Prila, Derek abriu um sorriso ainda maior e a cumprimentou como se fossem velhos conhecidos.

— Claro que conhece. Belly certo? Faz tempo que a gente não se vê.

Janice arregalou os olhos, encarando a cena como se tivesse perdido um pedaço da história.

— Peraí. Vocês já se conhecem?

Prila olhou de um para o outro, sem entender nada.

— Vocês… se conhecem mesmo?

Derek sorriu de leve, mantendo aquele ar charmoso e provocador.

— Na verdade… a gente já se conhece. — Ele olhou para Belly e Janice antes de voltar para Prila. — Participamos dos mesmos eventos de Motoclubes da região. Sempre nos encontramos nesses eventos.

Prila piscou, surpresa.

— Sério? — Ela não conseguia esconder o espanto. — Eu nem imaginava…

— Pois é — continuou ele, os olhos verdes brilhando sob a luz amarelada da praça. — Me surpreende mesmo a gente se ver aqui, nesta festa do município… nesta cidade tão pequena.

Belly arqueou a sobrancelha, divertida.

— Então você não é nenhum estranho aleatório, hein?

Derek riu.

— Estranho, não. Interessante, sim. Mas acredite, essa coincidência torna tudo mais divertido.

Prila sentiu o coração acelerar novamente, misturando curiosidade, tensão e algo que ainda não sabia nomear. Ele era intenso, confiante e misterioso ao mesmo tempo, e o fato de já ter algum histórico com o grupo dela tornava a situação ainda mais eletrizante.

— Então… você vai me ensinar a não ser surpreendida toda hora? — ela disse, meio brincando, tentando disfarçar a confusão que sentia.

— Talvez — respondeu Derek, com aquele sorriso de canto que a deixava sem fôlego. — Mas não prometo nada.

E ali, naquele breve momento, entre risadas e olhares trocados, Prila percebeu que a noite acabara de se tornar muito mais complicada — e definitivamente mais interessante — do que imaginava.

O fim da festa chegou mais rápido do que Prila gostaria. As luzes começaram a se apagar, os últimos acordes de guitarra ecoavam pelas ruas, e o cheiro de comida de barraca misturado à poeira da cidade dava a sensação de que algo estava acabando — mas também começando.

Prila se despediu de Belly e Janice com abraços apertados.

— Foi demais! — disse, ainda sorrindo.

— Você vai ver — respondeu Belly rindo. — A gente ainda vai se encontrar muitas vezes.

Derek se aproximou, o sorriso provocador ainda estampado no rosto.

— Então… até a próxima? — perguntou, estendendo o celular.

Prila digitou seu número rapidamente e recebeu o dele logo em seguida.

— Até a próxima — repetiu, agora mais confiante do que imaginava.

Janice não perdeu tempo.

— Espera aí, vamos criar um grupo! — Ela rapidamente adicionou todos no W******p, conectando Prila, Belly, Janice e — Assim ninguém se perde e a gente combina tudo.

Prila sorriu para Derek, sentindo uma pontada de ansiedade boa. Aquelas mensagens de W******p logo se tornariam uma ponte entre cidades diferentes, um fio invisível que a aproximava de um mundo maior e de alguém que parecia irresistível.

E assim, entre mensagens, viagens e festas de música alta, Prila começava a perceber que aquele garoto ruivo, com olhar verde e sorriso provocador, não era apenas uma atração passageira. Ele estava se tornando parte da sua vida, e ela, por sua vez, estava se deixando levar por algo que jamais imaginara viver

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Enneyah arievilo
Olá pessoal. Essa história está sendo feita com muito carinho. Espero que gostem!!
2025-09-09 10:04:09
0
5 chapters
Capítulo 1 – O Beijo Roubado
capítulo 2- Mensagens inesperadas
Capítulo 3 – Viagem para Memphis
Capítulo 4 - A noite é longa
Capítulo 6 - Olhar magnético
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