Eu olhava para fora da janela, perdida, sem saber como passaria aquele Ano Novo.
Nos anos anteriores, eu, meu irmão, meu pai e minha mãe nos reuníamos para saborear uma farta ceia de Réveillon em família.
Depois, meus pais nos davam o tradicional dinheiro de Ano Novo, tanto para mim quanto para o meu irmão.
Na véspera, eu e ele ficávamos acordados a noite inteira, soltávamos fogos de artifício e trocávamos presentes.
E havia também o George.
Durante os três anos em que estivemos casados, ele também estava presente em cada virada de ano.
Mas geralmente permanecia em silêncio. Comia em silêncio, assistia em silêncio a mim e ao meu irmão soltando fogos.
Mesmo assim, aqueles Anos Novos ainda eram acolhedores e felizes.
Mas naquele ano, minha família havia falido, e eu e George tínhamos brigado feio.
As lembranças calorosas e felizes do passado... De fato, já não podiam mais voltar.
Ao pensar nisso, uma tristeza indefinível tomou conta do meu coração.
O som da porta do banheiro se abrindo i