— Você realmente acha que eu te odeio tanto assim apenas por causa daquele insulto?
O homem, de repente, apertou com força o braço que envolvia minha cintura.
Ele me fitava com um olhar carregado, havia ali um misto de insatisfação, rancor e até uma ponta de mágoa, como se eu tivesse cometido algo imperdoável contra ele.
Meu corpo estava exausto, e meu coração, igualmente cansado.
Olhei para ele com resignação e disse:
— George, o que é que você realmente pensa? Ou então, me diz claramente o que foi que eu te fiz de tão errado, pode ser?
Aquela pergunta... Parecia que eu já tinha a feito antes.
Mas ele simplesmente se recusava a responder. Sempre se recusava!
Seus olhos, escuros e profundos, me encaravam fixamente, os músculos de todo o corpo estavam tensos.
Demorou um longo momento até que ele finalmente abriu a boca:
— As coisas da infância... Você já se esqueceu, não é?
Fiquei atônita, olhando para ele com confusão:
— Infância...? A gente se conhecia quando era criança?
George curvo