Esse homem era realmente louco.
George tirou o próprio sobretudo e resmungou:
— Não é por nada. Só achei essa jaqueta dele bem incômoda de se ver.
Fiquei sem palavras. Enquanto falava, ele me envolveu com o sobretudo.
O calor do corpo masculino, misturado a um leve cheiro de tabaco, me envolvia. Era quente e, estranhamente, transmitia uma sensação de segurança.
"Por que ele insisti tanto para que eu use o casaco dele?"
Fiquei imóvel, o encarando, e senti uma leve palpitação no peito.
Contudo, a frase seguinte daquele homem foi o suficiente para extinguir completamente qualquer emoção que tivesse surgido em mim.
— Você veio comigo a trabalho, não para se divertir. Da próxima vez, não recuse meu casaco. Se acabar ficando doente por causa do frio, vai acabar dando trabalho pros outros. Eu não tenho ninguém sobrando para cuidar de você.
"Esperar ouvir uma palavra gentil sair da boca desse homem? Acho que só na próxima vida. Aliás, não! Na próxima vida, eu não quero nem cruzar com ele de no