Como o tempo estava apertado, comi meio apressada enquanto George me observava fixamente e disse lentamente:
— Não há pressa, coma devagar.
Tomei um gole de leite e respondi:
— O voo não é às seis? Tenho medo de não dar tempo.
— Se não der tempo, pegamos o próximo. — O homem falou com uma tranquilidade impressionante.
Engoli apressadamente o pão com carne que estava na boca e perguntei:
— A situação não é urgente? Caso contrário, você não teria reservado um voo tão cedo, não é?
George me lançou um olhar de soslaio, mas desviou o assunto:
— Você comeu tudo isso e, mesmo assim, não engordou quase nada.
— Trabalho demais, tudo o que como é gasto. Qual o problema com isso? — Retruquei, insatisfeita.
Ele curvou levemente os lábios num sorriso e fitou meu peito com um olhar sugestivo, dizendo em tom cheio de significados:
— É verdade, esses dias você realmente gastou bastante energia.
— Você...
Lancei a ele um olhar fulminante, irritada, e parei de falar.
Não me deixei enganar pela aparência