— Mas você também não me avisou com antecedência, não é?
Eu estava prestes a chorar, pois todo o meu plano perfeito havia sido destruído por aquela frase dele.
George se aproximou de mim. Fixou os olhos nos meus e sorriu friamente:
— Decidi fazer essa viagem de negócios só ontem à tarde, comprei a passagem à noite, e agora estou te avisando. Por quê? Está achando tarde demais? Ou será que estava planejando algo importante enquanto eu estivesse fora? E agora que seu plano foi frustrado, está inconformada?
Fitei com intensidade aquele sorriso gélido no rosto dele, tão irritada que quase rasguei a colcha sob mim.
Eu não conseguia vencê-lo, e foi aí que percebi o quanto aquele homem era calculista, astuto, imprevisível. Eu não era párea para ele!
O olhar do homem estava afiado e gelado.
Suprimi ao máximo a raiva e a frustração que cresciam dentro de mim e disse:
— Como poderia? Agora eu não tenho dinheiro, nem poder, e ainda por cima vivo sob seus olhos atentos. O que eu poderia planejar?