Eu, completamente desordenada, me apoiei na mala e a ergui, olhando para ele.
Quando passou ao meu lado, porém, não me lançou sequer um olhar, como se não tivesse sido ele, no dia anterior, o homem que, de forma insana, me obrigou a ir à sua empresa.
Mas eu sabia que ele não me deixaria em paz.
Só eu conhecia o quanto, sob aquela aparência fria e distante, ele escondia um coração tomado pela loucura.
George, enfim, entrou no elevador, cercado pelo assistente e pelos seguranças.
Somente quando as portas se fecharam é que o saguão voltou à agitação de instantes atrás.
As vozes de escárnio e desprezo contra mim ecoavam sem cessar.
A recepcionista também mudou de imediato a expressão para uma postura imponente e agressiva, tentando me expulsar.
Não lhes dei atenção e, arrastando a mala, caminhei em direção ao elevador.
A recepcionista correu atrás de mim e me segurou pelo braço:
— Sua mulher sem vergonha! Eu mandei você sair! Não ouviu?
Afastei a mulher com um movimento brusco e respondi