— Venha aqui! — Ele disse, sem sequer levantar a cabeça para me olhar.
Eu, arrastando a mala, estava prestes a caminhar até ele.
De repente, ele falou:
— Deixe a mala aí, ninguém vai pegá-la.
O tom, ainda por cima, carregava um leve traço de desdém.
Fiquei surpresa por um instante e, então, larguei a mala na porta, caminhando diretamente em direção a ele.
Quando me detive diante de sua mesa, vi que ele assinava os documentos com fluidez.
Esse homem era, de fato, muito bonito e, surpreendentemente, sua caligrafia também era belíssima.
Permaneci diante da mesa por bastante tempo, mas ele continuou em silêncio.
Comecei a me irritar e não contive a voz:
— George...
Eu detestava aquele silêncio de espera. Ou ele me dizia de uma vez tudo o que tinha a dizer, ou me dava alguma ordem concreta para executar.
Ficar assim, tensa, aguardando que ele falasse, era realmente insuportável.
Só então George ergueu os olhos.
Fechou o documento, se recostou preguiçosamente na cadeira e sorriu para mim:
—