— Pois é, o patrão mandou ela ir para a sede porque viu que ela tem talento para seduzir, quer que ela use a beleza para atrair clientes. Ela ainda pensa que o patrão está interessado nela de verdade.
— Isso mesmo! Ela só conseguiu porque usou aquele corpo imundo. Qual o mérito disso?
Quase todos os colegas me lançavam olhares de desprezo e zombaria, mas, no fundo, aquelas zombarias estavam cheias de inveja.
Era assim que funcionava a natureza humana: quando não se conseguia algo, fingia altivez e tentava difamar quem conseguia.
Olhei para eles com frieza e disse:
— Sim, não tenho nada de especial. Mas a verdade é que essa oportunidade, que eu nem sequer queria, era algo que vocês jamais conseguiriam, por mais que tentassem.
— Hã, não quer? Não vem fingir agora. Que nojo.
— Exatamente! Você já se envolveu com o patrão e ainda quer bancar a altiva?
Duas colegas riram com escárnio e inveja.
Eu estava exausta, física e mentalmente, e não tinha ânimo para discutir com elas.
Eram apenas fig