George estava muito perto de mim.
A grande palma de sua mão ainda pressionava a parte de trás da minha cabeça, e seus lábios quentes quase roçavam o lóbulo da minha orelha.
Todo o meu corpo estava tenso, eu só conseguia sentir a respiração quente dele queimando contra a pele do meu pescoço.
Chamei seu nome, com medo na voz:
— George...
Ele riu baixinho junto ao meu ouvido:
— As mulheres que eu já toquei, mesmo que eu não as queira mais, não permito que outros as cobicem. Então, adivinha... O que você acha que eu fiz com aquele Michel?
Meu corpo tremia e eu não ousei responder.
Era a primeira vez que via aquele lado de George: uma frieza cruel, como um ceifador que tinha saído das profundezas do inferno.
Ele falou com um leve sorriso, num tom calmo:
— Mandei cortar-lhe as mãos e os pés, depois joguei ele para fora daqui, do Rio, para encontrar outro destino. E então? O que acha da minha punição?
"Cortar as mãos e os pés dele?"
Meu corpo inteiro tremia, olhei para ele com um medo que nun