O clima estava cada vez mais tenso, até que Bruno quebrou o silêncio, se virando para George.
— Fala aí, quanto você pagou por eles? Se eu não tivesse demorado a voltar, essa dívida nunca teria sido quitada por você.
— É mesmo? — George deu uma risada fria. — Não seria quitada por mim? Pois eu garanto que também não seria por você.
— Ah, mas aí é que você se engana. — Bruno respondeu com firmeza. — Se eu estivesse aqui, a Val com certeza teria vindo falar comigo primeiro.
Eu pediria ajuda ao Bruno? Eu não sabia. Esse tipo de suposição nunca levava a uma resposta concreta.
George ficou ainda mais sombrio. Seus dedos longos começaram a bater na borda da mesa, devagar, como se fosse por acaso, mas o gesto carregava uma tensão que fazia o ar ao nosso redor pesar ainda mais.
A cada batida, meu coração parecia acompanhar o ritmo, disparado, inquieto. Sem saber o que fazer, me segurei no braço dele e tentei mudar o foco com um sorriso.
— Você já jantou? Que tal irmos para casa? Hoje eu fiz um