George riu com desdém e se agachou, olhando para mim:
— No começo você não sabia? Valentina, tá mentindo pra quem?
— Eu realmente não sabia! — Apoiei as mãos no chão e respondi em um tom rouco, sem forças.
George tragou o cigarro e soltou um sorriso de desprezo:
— Tudo bem, vou fingir por enquanto que você realmente não sabia. Mas, antes de vir para cá, você já sabia que ele é o grande patrão da sua empresa. Então, por que você continua na empresa dele? Por que você veio o acompanhar até aqui? E ainda faz tanto esforço para conseguir investimento para ele?! Valentina, você disse que não tem nada entre vocês dois... Como quer que eu acredite nisso?
O homem me olhou fixamente, com sarcasmo nos olhos.
Eu sabia que, não importava o que eu dissesse, ele não acreditaria em mim.
Ele sempre foi assim, nunca confiou em mim. O que havia entre nós era apenas desprezo e ódio.
De qualquer forma, as coisas já tinham chegado àquele ponto, e eu precisava garantir o investimento para o projeto do Bruno