— Não se deixe enganar pelo sucesso do George, viu? Mesmo agora, nessa família, tem muita gente que morre de inveja dele. — Jaqueline soltou a frase, com aquele tom carregado de quem vivia aquilo na pele.
Assenti de leve, porque de fato era impossível fingir que não percebia. Ainda há pouco, só pela maneira como o pessoal, lá embaixo, olhava para ele, já dava para sentir na pele o quanto queriam se aproximar, mas, ao mesmo tempo, odiavam o sucesso que ele conquistou.
Jaqueline ficou ainda mais brava quando continuou:
— Você nem imagina as coisas que já falaram do George por aqui! Desde que ele se casou com você, passaram a debochar ainda mais... Dizem que ele não tem vergonha, que casou com você só para se dar bem, que é uma vergonha para a família Fonseca! E vivem inventando que você e sua família tratam ele mal, que usam ele como se fosse empregado... Já escutei tanta piadinha sobre ele! Só que, mesmo ficando velha e meio esquecida, eu não sou boba, não. Sei direitinho que tudo isso