Selene
Damon tem uma crueldade bonita, domina para que eu não precise carregar o peso do mundo por alguns minutos. Prendeu meus pulsos ao alto, só o suficiente para lembrar quem conduzia o ritmo, e a boca dele veio como se arrastasse faísca pelo feno. Eu arquei, não por dó, mas por fogo.
— Você é feita de furacão. — ele sussurrou, os lábios roçando minha pele — E ainda assim me pede brisa.
— Eu te peço controle, Damon.
— E eu te ofereço a perda dele. — sussurrou, e a palavra, entre nós, virou convite.
Ele mapeou minha respiração como quem decora uma música. A cada toque, meu corpo respondia com notas que eu fingia não conhecer. Quando ele apertou meu queixo com delicadeza firme e me obrigou a olhar nos olhos dele, percebi que o jogo sempre foi este, ser vista não só por fora, mas por dentro.
— Olha pra mim, lobinha. — ordenou, baixo — Não foge do que é teu.
Obedeci, para minha própria surpresa. Havia posse ali, sim. Havia também cuidado. A mão dele encontrou minha cintura como quem ac