Amelie
Olga voltou para o corredor e puxou um carrinho de ferro com uma refeição. Em seguida, ela fechou a porta.
— A partir de hoje, irei ajudá-la nas suas principais necessidades.
— Onde está Albert?
— O senhor Albert tem suas obrigações.
Respirei fundo.
— Por que estou aqui, Olga?
— Você teve uma febre alta, convulsões. Passou dias presa em delírios. O senhor Albert precisou mandar trazer um médico. Por isso que ele a colocou aqui.
— E Willian e Arthur?
— Devia estar preocupada com seu marido, mesmo sendo uma adúltera, o senhor Albert a trouxe de volta.
Sorri fracamente.
— Albert me trouxe apenas por capricho. Eu tenho o ventre seco, não terei utilidade e ele sabe disso.
— Ainda assim, é casada com ele. Cabe a ele decidir o que será de você daqui para frente.
Fechei os olhos por um longo momento. Suas palavras eram verídicas, mas eu me recusava a aceitá-las.
— As correntes são longas, vai permitir que circule pelo quarto. Se lave e coma sua refeição, eu voltarei daqui a pouco.
Ol