Alis já estivera naquele labirinto antes, caminhando despreocupadamente durante um dos passeios pela propriedade. Naquela época, achara o lugar encantador — um caminho verde, bonito, quase lúdico, que serpenteava entre as cercas-vivas como um jardim de conto de fadas. Não era difícil se orientar ali durante o dia. Mas agora... agora tudo era diferente.
A chuva caía implacável, encharcando seu rosto. O frio mordia sua pele e penetrava seus ossos já enfraquecidos. A adrenalina de estar sendo perseguida por um criminoso tornava cada passo um desafio. Alis sentia que seu corpo já não respondia como antes, e a mente começava a perder a clareza. Bastaram poucos segundos para ela perceber: não fazia a menor ideia de onde estava. E menos ainda de como sair dali.
— Impostora! Impostora!!! — a voz de Dante ecoava entre os corredores verdes do labirinto. Estava cada vez mais próxima. — Eu vou adorar retalhar você!
Ele gargalhava. Uma gargalhada cortante, doentia, que parecia se espalhar por todo