Alis retornou ao quarto com a mente em turbilhão. Sentiu-se mal. O peito pesava, e o ar parecia cada vez mais rarefeito. Não sabia se era em função do acidente ou do que havia bebido naquele chá que Amélia lhe oferecera. Era veneno. Só podia ser.
Tentou dar alguns passos, mas caiu ao lado da cama. Apoiou-se na cômoda e conseguiu se levantar. Ao fitar seu rosto no espelho, levou um susto: estava rosada, como se estivesse sufocando. Por um instante, sua própria aparência a alarmou ainda mais, e, tomada pelo desespero, caiu de costas no chão.
Olhou para o teto e tudo ficou escuro. Faltava ar — e quanto mais tentava puxar, menos conseguia respirar.
— Deus, eu não posso morrer agora! — disse a si mesma, com esforço, fechando os olhos. — Concentre-se. Acalme-se. Há pessoas que precisam da sua ajuda!
Essas palavras pareceram surtir algum efeito. Um pequeno fio de ar entrou em seus pulmões. Expeliu o ar com calma e inspirou novamente. Era difícil, levou alguns segundos, mas conseguiu controla