Acordei com o cheiro de pão fresco antes mesmo de abrir os olhos. Meu corpo ainda estava pesado, como se a cama tivesse mãos invisíveis que me seguravam ali, me impedindo de levantar. Demorei alguns segundos para perceber que não era um sonho. Quando abri os olhos devagar, vi Ravi em pé diante da cama, equilibrando uma bandeja enorme nas mãos, com um sorriso discreto nos lábios.
— Bom dia — ele disse, e a voz grave soou tão perto que me arrancou um riso meio rouco, sonolento.
Sentei-me devagar, ajeitando o travesseiro atrás das costas. A bandeja repousou sobre minhas pernas e meus olhos se arregalaram. Havia café, suco de laranja, frios, frutas cortadas em pedaços perfeitos, pães ainda quentinhos, bolinhos, geleia... Era tanta comida que parecia cenário de filme.
— Foi você quem fez tudo isso? — perguntei rindo, arqueando uma sobrancelha.
Ele coçou a nuca, constrangido, e desviou o olhar.
— Bom... não exatamente. A Rose chegou mais cedo hoje, eu pedi para ela preparar. Mas... em minha