Sentei-me na sala de reuniões antes que todos chegassem. A mesa comprida de madeira escura refletia a luz fria das luminárias do teto. Minha xícara de café esfriava ao lado do notebook aberto, mas eu não tinha tocado nem em um gole. O relógio no pulso marcava poucos minutos para o início da reunião, mas meu corpo não estava aqui. Minha mente permanecia no apartamento, na imagem de Manu adormecida contra o meu peito, o cheiro do cabelo dela impregnado na minha camisa, a mão pequena repousando sobre a minha quando a coloquei em sua barriga.
Sacudi a cabeça, tentando me recompor. Eu precisava de foco, precisava ser o CEO que meus funcionários conheciam, não o homem que, pela primeira vez em anos, havia dormido profundamente porque havia alguém nos meus braços.
— Você está com uma cara péssima, Ravi. — A voz bem-humorada me tirou do transe. Levantei os olhos e vi André entrando. Ele, meu melhor amigo desde a faculdade de direito, que havia trocado a advocacia empresarial para abrir seu pr