Fitei Lucian por alguns instantes, com Marius ainda em meus braços. O menino parecia leve contra o meu peito, mas dentro de mim o peso era esmagador. Meu coração estava dividido entre o alívio de tê-lo perto e o pânico de saber que ele corria perigo ali.
Lúcia se aproximou, sorrindo, como se a presença de uma criança fosse um raio de sol capaz de varrer as trevas ao redor.
— Olá, garotinho. — murmurou, tocando seus cabelos com doçura.
— Não se lembra de mim, mas eu conheço você, venha aqui me dar um abraço.
Entreguei Marius a ela. Logo me aproximei de Lucian, puxando-o discretamente para um canto mais afastado, longe dos olhos atentos de todos.
— O que Marius está fazendo aqui, Lucian? — minha voz saiu tensa, carregada de temor.
— Aparentemente veio escondido com alguns lupinos guerreiros que eu chamei para nossa proteção. Sabe como esse garoto pode ser esperto. — respondeu sem demora, como se fosse algo trivial.
Levei a mão à têmpora, tentando conter o aperto no peito.
— Ele precisa