Lúcia*
Após deixarmos Elara, seguimos por entre as vilas das ilhas do sul.
Depois de procurar um pouco, encontramos uma pequena pousada tranquila e segura. Decidimos passar a noite ali. Mas, para nossa infelicidade, os quartos estavam todos ocupados. Havia apenas um disponível — e com uma única cama. Castor, mesmo contrariado, acabou aceitando.
Subi primeiro para tomar um banho. A água morna deslizava pelos meus ombros, mas não levava embora o peso. Senti meu corpo inteiro latejar de cansaço, de dor, de lembranças.
Cassian… eu ainda conseguia ver o momento em que ele caiu. O penhasco. O fim. Aquilo queimava dentro de mim, sufocando.
Quando voltei ao quarto, vesti apenas um vestido leve. Sentei-me na cama, os cabelos ainda molhados escorrendo pela pele, a cabeça doendo. Engoli em seco, e por fim me deitei. Tudo o que queria era que aquele dia terminasse logo. Mas, por mais que fechasse os olhos, o sono não vinha.
O som repentino da porta se abrindo me fez prender o ar. Castor entrou, c