A conversa com Mérida mexeu profundamente com Luna. Mesmo que uma parte dela quisesse negar tudo, os últimos acontecimentos deixavam claro que havia algo muito maior acontecendo. Allan não era um rapaz comum — e, aparentemente, ela também não era apenas “uma garota normal”.
Nos dias seguintes, Luna tentou seguir sua rotina, mas a sensação de estar sendo observada só aumentava. Sempre que andava pelas ruas, sentia um arrepio na nuca, como se olhos invisíveis a perseguissem. Nem mesmo os conselhos de Samantha e Mario conseguiam tranquilizá-la.
Naquela sexta-feira, decidiu voltar para casa por um caminho diferente, atravessando um pequeno bosque que ligava a escola ao bairro onde morava. O sol já estava se pondo, tingindo as árvores de tons alaranjados. Ela apertou o passo, querendo chegar logo em casa.
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De repente, o som de passos pesados ecoou atrás dela.
— Quem está aí? — perguntou, a voz vacilando.
Um silêncio denso respondeu. Luna engoliu em seco e continuou andando, mas al