Dante olhou para ela e mesmo com a mãos machucada, apertou em seu pescoço. — Está falando mais do que deveria, esqueceu as regras. Ele não apertou o suficiente, pois ela ainda conseguia falar. — O mestre se esqueceu de nós desde que aquela mulher entrou. Posso voltar a fazê-lo sentir prazer?— Janice passou a mão em suas pernas. Ele não gostou, em vez de arrepios, sentiu nojo. — Ricci — gritou ele. — Sim senhor— respondeu, sentindo a voz irritada do seu companheiro. — Traga— sua voz estava bem acentuada. Ele entendeu o recado. Jacira começou a entrar em pânico. — mestre, por favor não faça isso, eu imploro, prometo não voltar a tocar-lhe. — Tarde demais. Ricci trouxe um machado, parecia bem afiado, ela olhou para o objeto e sentiu medo, muito medo. — Mestre. Eu imploro, tenha piedade. — Eu não sou Deus. Dante cortou a mão que ela o tocará na perna. A mulher gritou, Unirian de cima ouviu e se assuntou. — Tirem ela daqui e mandem limpar tudo isso. — Está b
— Dominic, que surpresa— falou admirado—precisávamos falar sobre algumas situações que têm acontecido, o que fazes aqui? — perguntou Vasiliev, seu aliado e amigo. — E porquê não sei de nada? Andam conspirando contra mim? — perguntou suspeitando. — Não! — Vasiliev revirou os olhos, achando a atitude do parceiro exagerada— está com problemas no casamento? Ele bufou. — Porquê ninguém me chamou— se sentou em seu lugar, com o nome ao bordo da cabeceira. — Faz alguns dias que você se casou, porquê te chamaríamos para uma reunião onde tu és o assunto principal! — respondeu Morozov, também um de seus companheiros e aliados. — Meu amigo, eu não acredito que você realmente se casou— Sokolov, seu amigo de infância filho de um amigo de seu pai estava surpreso, pois conhecia muito bem o amigo para acreditar que realmente se casou. — Precisei fazer isso. — É A pianista? — perguntou Sokolov. Dante nada respondeu. Apenas olhou para seu amigo que entendeu que não queria falar sobre el
— Quero que meu pai deixe de bater na minha mãe. Ele ficou calado, observando seu rosto, seus cílios longos e seu cabelo molhado. Lhe ensinou como funciona. Unirian era esperta e aprende rápido o que não foi difícil para ele ensinar. — E lembra-te que a arma tem força, precisas de manter-te firme para não seres impulsionada por ela. — Entendi. — Queres mesmo matar o teu pai? — Não, só quero que ele pare, ou vá preso. Senão minha mãe vai morrer nas mãos dele. Unirian viu que a chuva já estava passando, pegou o seu guarda-chuva e sua mocinha cor de rosa. — Nem perguntei o seu nome— falou ela. — Eu sou o D— falou. — D? De Don ou Dominic? Como no filme velozes e furiosos? Ele sorriu, ela tinha acertado em cheio. — Isso mesmo— falou. — Espero que te recuperes logo Dominic — falou ela enquanto corria. Só depois ele percebeu que ela tinha chegado perto demais, “uma mulher tocou em mim” pensou. Depois de a perder de vista, um carro apareceu para pegar
Ela deu outro tapa. Dessa vez com menos força. — Todos vocês são loucos, eu nunca deveria ter me casado com você — gritou. — Podes te calar e me deixar explicar? — falou com os nervos a flor da pele, seus dentes cerrados, e mandíbula tensa. — Ainda acha que isso tem explicação, você se casou comigo e ainda tem um bordel privado bem na sua casa, seu sádico maníaco— Unirian batia em seu peito. Dante tentava segurar suas mãos para ela parasse mas ela não queria parar. — Me deixa sair, eu quero ir embora, não quero fazer parte disso— gritou. Dante a empurrou na parede, mas antes colocou a mão para que ela não batesse com a cabeça na parede. — Eu já disse pra você ficar quieta— Gritou. Os dois respiravam de forma ofegante. Ele trancou a mandíbula, com raiva ele socou a parede diversas vezes, Unirian ficou com medo e levou os braços na cabeça para tentar se proteger. — por favor não me faça mal— sussurrou ela. Dante da meia volta e vê ela chorar. — Desculpa! —
— Pronto, já passou — falou, batendo levemente nas suas costas. Parte da manhã Dante ficou com ela, no banheiro. — O que você faz aqui? — perguntou ela, Dante não estava vestindo o habitual. — Quero ficar contigo, por minha causa você está nesse estado — falou ele, se sentando na cadeira da sua penteadeira. — Não tens uma carreira para gerir? Um empresa? Qualquer outra coisa que não envolva ficar ao meu lado? — ela se sentia desconfortável com a presença imponente dele, o quarto era grande mas parecia pequeno demais quando ele estava por perto. — Estou aqui para ter uma conversa séria com você! — O que foi? — Desde que você chegou que as coisas têm sido bastante intensas. — A quem o dizes — revirou os olhos. Ele percebeu mas decidiu ignorar. — Vamos tentar ter uma boa relação, para o bem… da tua saúde e do bebê. — O que você quer dizer com boa relação? Tipo nessa casa, todos andam com armas e literalmente andam a matar pessoas. — Sim! Sobre isso! Tem algo que eu não
Unirian estava de calça jeans larga, e vestia um suéter branco e um tênis branco, no seu pulso um relógio simples, alguns fios de cabelo da frente ficaram presos atrás com um prendedor rosa. Ela se levantou indicando que estava pronta. — Você está linda— falou, às palavras saíram de forma automática. — O…obrigado— sua voz soou mais fraca do imaginou. Ele sorriu para ela. E os dois saíram. No carro, o silêncio fazia mais barulho do que eles. Até ela decidir ligar o rádio. Começou a tocar uma canção que ela conhecia, ao som da música ela balançava e cantarolava. — tens uma linda voz— comentou ele. Ela lançou um olhar para ele com olhos arregalados. — O que está tentando fazer? — perguntou, achando a mudança dele drástica. — Porquê acha que estou tentando fazer alguma coisa? — até ontem você estava pensando em como me matar após o nascimento do bebê. — Ainda estou pensando, mas não leve isso a peito. — Não estou, mas disparar contra mim, isso é um pouco demais— fal
— Porquê quer tanto morrer? Eu já tinha me esquecido que teria que te matar — falou ele. — Não existe um mundo onde eu esteja sem a minha mãe, ela é toda minha essência— falou, com ar triste. — E agora você quer tirar a mãe de alguém— falou brincando— que crueldade. Ela ficou em silêncio, como se sentisse o peso de suas palavras. — Eu não pedi para estar grávida, se não fosse sua ex, agora eu estaria junta a minha mãe— murmurou. — Ainda bem que não foi, meu filho teria indo junto — ela revirou os olhos para sua resposta, então olhou para o lado. — Porquê estamos aqui? — era um KFC, por mais que tivesse surpresa, sua barriga tinha rocado logo depois. Dante percebeu, mas apenas sorriu por ter adivinhado que ela estava com fome. Por mais fama que ele tivesse, assim que entraram na loja, ninguém veio até eles, mas pessoas cochicharam uns com os outros. Unirian não percebeu que tinham seguranças atrás deles e fora da loja. Suas mãos estavam dadas, e surpreendentemente e
Já em casa, os dois entraram e foram recebidos por uma mulher que ao vê-los se levantou. — O que você faz aqui? — perguntou ele de forma ríspida. — Olá Senhor Marchesi — falou — senhora Marchesi. Estendeu as mãos para ela, quando Unirian ia retribuir o aperto, ele o impediu. — O que trás você a nossa casa Magda — perguntou impaciente. — Temos uma conversa pendente, esqueceu… senhor Marchesi. — Eu vou para o meu quarto— falou Ela, deixando os dois sozinhos. Depois de subir as escadas. Dante se sentou no sofá e cruzou as pernas impaciente. — Fala logo o que quer e vai embora. Tenho certeza que não temos mais nada para conversar. — Achei que me devia uma resposta, faz um tempo que já não aparece em minha casa, ouvi dizer que foi até a Rússia e nem me procurou. — Eu fui a trabalho, não para me divertir e se não reparou, agora eu sou casado. — Sim! Se eu não visse com os meus próprios olhos não acreditaria, mas deu para perceber que vocês não são muito próximos.