O celular vibrou nas mãos de Villano. Era Alexei, ligando direto da Rússia, voz rouca e fraca, mas viva.
— Você está respirando.— disse Villano, seco.
— Por pouco. Mas ouve, não desligue.
Um silêncio tenso caiu, até Alexei soltar:
— Ura…antes de tudo aquilo acontecer. O médico disse que…
Villano franziu a testa.
— Fala.
— …Ela estava grávida.
O mundo congelou.
Villano não respondeu.
— Ela carrega um filho seu, Villano. Ela estava desacordada, provavelmente ela não está sabendo.
Do outro lado da linha, nenhum som.
Villano havia parado de respirar por um instante.
As palavras bateram como um tiro no peito.
Um filho.
Seu filho.
— Você tá mentindo.— murmurou por reflexo.
— Nunca.— Alexei respondeu. — Eu nunca faria isso contigo.
Villano levou a mão ao rosto, os olhos se apertando, o peito contraído.
As imagens vieram: Ura sorrindo, olhando para ele em silêncio…
As mãos sobre a barriga, os olhos marejados, a voz trêmula quando pedia que ele parasse de matar pessoas.
Tudo fazia