Thomás entrou em casa após uma reunião secreta com o alto escalão. Estava exausto, o paletó nos ombros, o rosto abatido.
Trancou a porta.
E então percebeu.
A sala estava com a luz baixa. E alguém o esperava.Villano. Sentado na poltrona central, em silêncio, como se fosse o dono da casa.
Thomás parou, o coração acelerando.
— Você entrou na casa do diretor do cofre dos EUA… como se fosse sua.
Villano apenas encarou.
— Essa ratoeira onde você se encontre…. Não é impenetrável.
Thomás cerrou os dentes.
— Já sabemos quem você é.
Villano se levantou devagar.
A presença dele tomava o ar.
— Ainda bem. — ele respondeu com um meio sorriso. — Assim me poupas o discurso.
Thomás não recuou.
— Você acha que só porque está protegido, está intocável?
Villano deu um passo à frente.
— Não. Eu sei que estou intocável. E mais: sei que você vai ficar calado.
— Por que eu faria isso?
— Porque sua filha está viva graças a mim. Porque seu neto vai nascer em paz, longe do seu mundo podre. E porque se v