— Porque você é a única coisa que ainda me mantém são. E a mesma que pode me destruir.
Ela o beijou na bochecha, bem perto dos lábios, com carinho, com intensidade — e uma confiança absurda. Depois encostou a testa na dele, sentindo o peito dele subir e descer contra o seu.
— Não precisa fugir de mim, Dante. Eu não vou quebrar. E você... você não precisa se conter pra me proteger. Apenas… me ame. Do seu jeito. Mesmo que seja só com o olhar.
Dante a envolveu com mais força, mas não avançou. Não cruzou a linha. Ficou ali, afundado naquele momento, naquele amor que o consumia… e que ele jamais deixaria que o queimasse sozinho.
Porque ela também estava pegando fogo.
E, juntos, ardeu mais bonito.
A luz suave do fim da tarde invadia o quarto de hóspedes onde Unirian se refugiava. Dante tinha saído por algumas horas, e o silêncio da casa pesava mais do que ela esperava. Com o celular em mãos, ela deslizou os dedos pela tela até ver o nome: *Jay*.
Chamou em vídeo.
— Amiga! Finalmente