Os olhos dele estavam marejados. Pela primeira vez na vida, aquele homem que enfrentava o submundo inteiro sem pestanejar, tremia como um menino.
  Enquanto a equipe médica corria contra o tempo, as portas da sala se fecharam diante de Dante, e ele caiu de joelhos ali mesmo, ao lado do sangue que ela deixou no chão.
  Petrov baixando-se ao lado dele.
  — Dante... ela é forte. E o pequeno Villano também. Eles vão resistir.
  Dante em sussurros, olhando para as mãos sujas de sangue.
  — Eu devia ter ficado com ela. Eu devia ter morrido no lugar dela... Ela era o que me mantinha humano.
  Lá dentro, Unirian estava pálida, imóvel. Seu coração parou duas vezes. Os médicos aplicaram choques, massagem cardíaca... o tempo parecia parar.
  Médico gritou.
  — Carga total! Choque!
  — Vamos, respira... respira!
  Por instantes, só se ouvia o bip contínuo da parada. Até que...
  BIP... BIP... BIP...
  O coração dela voltou a bater.
  Enfermeira ofegante.
  — Ela... ela está de volta. Fraca, mas