Na festa, estava tudo lindo, era em um salão da incrível mansão de Sokolov. Assim que os viu entrar, ele foi até eles e os saudou. — Minha cunhada, seja bem-vinda ao nosso humilde lar— falou Sokolov. — Humilde? Isso parece um palácio— falou Unirian. — A nossa é muito maior — resmungou Dante. Unirian olhou para ele, estava rabugento. Ela passou a mão pela sua cintura e acariciou a lateral de seu abdômen. Ele olhou para ela que piscou os olhos para ele. — Não entendo porque estás ranzinza, é só um aniversário de criança— sussurrou ela para sua orelha. — estão todos olhando pra ti, eu achou que é do vestido — respondeu. — Tenho certeza que é por ser esposa do perigosíssimo mafioso Italo-Russo… fazes ideia de quem seja? — Ainda acho que é do vestido — teimou ele. Sokolov apresentou Unirian a sua esposa, e aos seus dois filhos. Dante não largava ela nem com o olhar, por momentos tirou V do seu colo.— Não solta a minha mão— falou no seu ouvido.— Nem me passou pela cabeça— ret
Petrov levou Elena e Kevin num outro carro, Villano estava dormindo no banco da trás na sua cadeirinha, e Unirian estava dormindo no banco da frente, recostado para trás. Dante olhou para os dois dormindo e sorriu, era a melhor imagem do mundo. Seu lugar feliz, que não estava disposto a deixar mais ninguém se intrometer entre eles. — Essa Elena precisa sair das nossas vidas— murmurou. Depois de chegar em casa, Dante levou Unirian ao colo para o quarto, Ricci tirou Villano do carro e quando olhou Petrov vindo com uma mulher loira, e no seu colo uma criança, parou confuso.— Petrov ? Quem é? — perguntou ele antes de entrarem.— Depois te explico— respondeu depois de um suspiro longo.Dante estava deitado na cama com sua esposa, Ricci bateu a porta para entregar o pequeno V. — Quer que ele fique aqui com vocês? De certeza? — perguntou Ricci ao entregar V para ele. — Sim! Encontre uma casa para aquela mulher, até então meu filho e minha mulher vão ficar em alta proteção.— Sim senh
— Eu não te amo de um jeito calmo. Eu te amo como se cada segundo longe de você fosse um crime contra o meu próprio sangue. Eu te amo com a fúria de quem destruiria reinos, queimaria pontes e quebraria juramentos antigos... só pra ouvir seu nome outra vez. Eu sou perigosamente apaixonado por você. Porque perto de você, eu esqueço de ser racional. Eu esqueço das leis, das consequências, dos limites. Eu seria capaz de desafiar o próprio céu e perder — se isso significasse manter seu sorriso por mais um minuto. Eu não prometo paz. Eu não prometo segurança. Eu prometo a você guerra, caos e o tipo de amor que ferve na carne, marca na alma e não morre nem quando o último suspiro se apaga. E mesmo assim... se você disser uma só palavra, eu destruo o mundo inteiro e ainda sorrio no meio das cinzas.Eu sou louco por você, pianista Unirian James Marchesi. Ela sorriu. — Eu te amo Dante Marchesi— sussurrou antes de um beijo doce, que foi interrompido por um gemido, quando Dante, colou seu mem
Dante abriu o envelope às pressas. Quando viu o teste 99,8% de compatibilidade. Seu rosto ficou branco. Ricci estava a sua frente, surpreendido com a reação dele. Nada nunca pegava Dante de surpresa. Até ao momento. — Você repetiu isso? — 7 vezes — falou. — Como isso aconteceu? Eu nunca dormi com ela… — Talvez, lembra da garota na boate em Milão? Ela sumiu do nada e ninguém mais a conseguiu encontrar, você deve tê-la confundido com a Unirian por causa do cabelo. — Droga! Como isso pode ter acontecido? Vocês não tinham tratado daquilo? — Não! Você estava tão embriagado que não se lembrava do rosto, e ficaram no seu carro, não tinham câmeras a volta. — Você precisa confirmar se é aquela mulher ou não. — Tudo indica que sim, quer que eu vá perguntar pra ela? — Traga ela pra cá a força— falou entre os dentes. Ricci assentiu e saiu logo. Momentos depois estava arrastando Elena pelos braços. — Hey, está me magoando — falou ela, choramingando. — Entra
Elena começou a se sentir sufocada. Ela e Dante se esbarraram no corredor, finalmente decide quebrar o gelo. — Porquê me odeia tanto? — Dante parou e olhou para ela, seus olhos eram vazios e seu sem rosto sem expressão nenhuma. — Nunca deveria ter aparecido, nem você nem Brian muito menos essa criança. — Kevin não tem nada a ver com o que aconteceu entre você e seu irmão, muito menos eu, nos odeias por nada. — Quero que pegues as suas coisas e vais embora com essa criança, saiam da minha casa, já— falou ele, baixo o suficiente para ela entender o recado. Mas Unirian apareceu atrás dele. — Intimidando a Elena novamente? Precisa parar com isso Dante — falou ela, acariciando as suas costas— não liga Elena, ele não é muito fã de pessoas. — Percebi, eu e o meu filho vamos sair daqui agora mesmo— Elena estava se sentindo humilhada. — Elena… espera não vais— Unirian foi atrás dela. Dante estava nem aí para ela, mas também não queria que Unirian pedisse para ela ficar.
Dante mantinha o seu segredo mais obscuro… um filho vivo, ele tinha errado, aquele mafioso falhou mais uma vez, com ela, a sua esposa, a sua família. Manter Elena e Unirian na mesma casa, não lhe parecia certo, mas não conseguiria tirar ela de casa, pois na inocência, Unirian defendia Elena como uma mulher que apenas tinha seu filho para se apegar. Quanto mais o tempo passava, mas elas ficavam próximas, e mais o Dante os tratava com repulsa. Evitava olhar tanto para Elena quanto para Kevin. — Qual é o teu problema comigo? — perguntou a mulher que o parou no meio do corredor no andar de cima. Dante parou, os olhos fixos no vazio atrás dela. O aperto no peito era físico, como se cada batida de seu coração ameaçasse cuspir verdades que ele passou três anos enterrando. Elena, por sua vez, estava ereta, a voz firme, mas o olhar cansado de quem suportava desprezo demais por tempo demais. — Qual é o problema comigo? — ela repetiu, agora com menos raiva e mais dor. Ele apertou os pun
— Você está falando de quê? De quem? Silêncio. — Dante — ela avança um passo — você sabe de algo que eu não sei? Ele a encara. E por um instante, seus olhos vacilam. Mas então, como quem engole a própria culpa, responde com frieza: — Eu só sei que aquele menino não é responsabilidade minha. E não quero Villano crescendo achando que é. Unirian dá um passo para trás. — Isso não é você. Você nunca fala assim de criança. — Talvez você não me conheça tanto quanto pensa — ele corta. Ela respira fundo. Os olhos marejando. — Ou talvez você esteja escondendo algo que eu ainda vou descobrir. E sai do quarto, sem esperar resposta. Dante fecha os olhos, apoiando a testa contra o vidro. Lá embaixo, Kevin dormia num quarto estranho, numa casa onde ninguém dizia a verdade — mas todos pareciam prontos para brigar por ela. O relógio marca 23h12. A mansão está silenciosa, exceto pelo som da chuva batendo contra os vidros. Dante está de pé, tenso, encostado à lareira apagada. Ricci, seu br
Villano, vestindo um pijaminha de dinossauro, está sentado no balcão com farinha no nariz. Unirian tenta fazer panquecas, mas Villano insiste em “ajudar” jogando gotas de massa por todo lado. Dante entra na cozinha e vê a bagunça — e começa a rir.— Isso aqui é um crime alimentar ou uma aula de química? — ele pergunta, rindo.Unirian, com farinha no cabelo, responde: — É amor com gosto de manteiga e caos.Dante se junta a eles, pega Villano no colo e o faz voar como um avião. O menino ri alto, soltando gritos de pura felicidade. O som é leve, a cozinha cheira a café fresco e infância.Do batente da porta entreaberta, Elena observa.Dante gira Villano no ar, e Unirian ri de boca cheia de farinha. Há caos, mas há afeto real. Uma criança feliz, dois adultos cúmplices.Elena encosta o ombro na parede. Um leve sorriso tenta nascer, mas morre. “Era isso que podia ter sido meu…”— pensa. Os dedos apertam o tecido do vestido. Um nó na garganta. E o gosto agridoce da inveja: do amor que e