A mansão ainda estava em silêncio, os jardins começavam a receber os últimos toques para a cerimônia. Mas dentro do escritório de Dante Marchesi, a atmosfera era diferente. Mais densa. Mais íntima.
Villano entrou sem bater. Dante estava à janela, olhando para o jardim, um copo de café forte na mão. Sem virar o rosto, falou com a voz firme: — Sabia que viria. Não dormiu, né? Villano permaneceu em silêncio por um instante, até fechar a porta atrás de si. Caminhou até o pai, parando a poucos passos. — Pai… — sua voz falhou pela primeira vez em muito tempo. — Eu preciso que você me diga o que é isso que eu tô sentindo. Porque... tá me tirando o foco. Dante se virou. A expressão dele era de quem já sabia. De quem já esteve ali. — É ela. Villano não respondeu. Apenas abaixou os olhos, como se tivesse sido flag