O clima na mansão Marchesi, situada agora nas frias terras russas, parecia congelar ainda mais com a chegada inesperada de Dmitri Romanov, o temido herdeiro da família rival, trajado com seu típico sobretudo escuro e um sorriso cortante como lâmina.
Os portões não se abriram com gentileza. Ricci e Petrov estavam postados à frente como muralhas vivas, os rostos frios e preparados para barrar a entrada.
— Você perdeu o caminho, Romanov?— Petrov falou, seco, com a mão pousada sobre a arma no coldre.
— Apenas uma visita cortês,— respondeu Dmitri, com um tom debochado. — Queria oferecer meus pêsames à jovem viúva... pessoalmente.
Antes que eles negassem de novo, Unirian surgiu atrás deles, vestida com um casaco longo de lã negra, os cabelos soltos e o olhar gélido.
— Deixem-no entrar.— sua voz saiu firme, sem hesitação.
Ricci e Petrov hesitaram por um segundo, mas recuaram com relutância. Sokolov, que observava de um canto mais sombrio, ergueu o queixo, atento ao movimento.
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