O sol da manhã atravessava os grandes vitrais da sala principal da mansão, projetando desenhos de luz sobre os tapetes persas e os móveis escuros. O riso de Villano preencheu o espaço, interrompendo a conversa leve entre Sokolov, Morozov, Ricci e Petrov.
Unirian estava sentada no sofá com uma xícara de chá, vestindo um robe azul claro e com o cabelo preso de maneira simples, mas graciosa. Seus olhos sempre atentos ao filho, mesmo em meio a tantas vozes.
— Ele está ficando mais esperto que o pai.— brincou Sokolov, tomando um gole de vodca logo após o café da manhã, como todo bom russo. — Mais rápido também.
Petrov riu baixo.
— Mais fofo, com certeza. — respondeu, mas manteve os olhos discretamente vasculhando o entorno. Como sempre.
Foi quando Morozov arregalou os olhos e apontou:
— Ei… ele está…
Todos os olhares se voltaram e viram Villano se segurando na mesinha de centro, depois se arrastando lentamente para o sofá, equilibrando-se com as mãozinhas gordas e firmes.
Um