Lucas
Por um instante, apenas o som dos monitores e da respiração dela preencheu o espaço. Eu caminhei até ela, devagar, sem saber se devia dizer algo, até que ela se levantou.
Eu a abracei antes que pudesse pensar em qualquer palavra. Ela se encaixou em mim como se sempre tivesse pertencido ali, o corpo pequeno e trêmulo se rendendo ao meu. Senti o calor das lágrimas molhando minha camisa, e o nó na minha garganta se desfez.
— Está tudo bem — murmurei, passando os dedos pelo cabelo dela. — Está tudo acabado. Você está segura agora.
Ela puxou o rosto para trás, olhando para mim, suas mãos saindo do cobertor para segurar meu rosto, como se também precisasse se certificar de que eu era real.
– Ela... a Vivian... as ações… — as palavras saíram entrecortadas.
— Shhh — eu interrompi, segurando suas mãos contra meu peito. — Não importa. Nada disso importa. Você está aqui. É a única coisa que importa. A única.
Ela me encarou com intensidade por alguns segundos, os olhos marejados me procuran