Vivian
A sala em que estávamos era ampla, mas sombria. As paredes de concreto cru e a iluminação fraca faziam o ambiente parecer mais uma caverna do que um escritório. Juan caminhava de um lado para o outro, os passos pesados ecoando, o rosto fechado em pura fúria.
Ele segurava o celular com tanta força que seus nós dos dedos estavam brancos.
— Silas está morto. — A voz dele soou como um rugido. — Raul me mandou a maldita certidão de óbito. Até o endereço do cemitério!
Ele jogou o celular contra a parede, quebrando-o em pedaços.
— Maldito! — rugiu, chutando uma cadeira próxima.