Naquela noite, ajoelhei-me diante do crucifixo até as pernas formigarem. Meus joelhos doíam. Minhas costas ardiam.
Mas o verdadeiro tormento era dentro.
Coloquei a mão sobre meu monte, como se pudesse apertar o desejo para fora de mim. Sentia a pele latejando, o ponto entre as pernas pulsando, como se cada batida do coração fizesse o corpo clamar por algo que eu não podia — não devia — querer.
— Eu sou tua, Senhor — sussurrei. — Por que meu corpo não te obedece? Por que me faz desejar o proibido?
Meus olhos se encheram de lágrimas.
— Eu não quero pecar. — Minha respiração parou, meus batimentos cardíacos eram uma debandada ameaçando esmagar minhas costelas
Mas queria.
Queria que ele dissesse meu nome de novo, naquele tom baixo. Queria vê-lo rir, como fez com as outras freiras. Queria que aquele olhar não fosse invenção da minha mente impura. Queria que ele me visse… como mulher.
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Evitei-o como pude nos dias seguintes. Ele parecia entender. Não insistiu.
Mas às vezes — quando