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Sobramos eu e Isaac. Os dedos dele abaixam as cartas e um sorriso pervertido desperta uma onda gelada, ou talvez, seja o frio do ar condicionado no teto atrás dele. Algo me diz que estamos chegando ao fim e seu ego inflado é o vencedor, independente do que o meu baralho signifique.

— O que está escondendo aí, Cecy. - Ronrona, escorregando o corpo na cadeira. As veias saltam pelos braços pálidos, as argolinhas enfeitam as orelhas direita e a tatuagem de olho realista que tem na garganta me encara de volta. Posso jurar que essa coisa piscará para mim a qualquer segundo. O pomo de adão sobe e desce.

— Paga pra ver. - Respondo, engolindo a saliva com gosto de mel. Nenhum deles se incomodou em perguntar se eu ou meu amigo queríamos beber da garrafa praticamente vazia do uísque barato. Não iríamos querer, mas foi uma falta de educação tremenda.

Isaac levanta as sobrancelhas negras e cheias. Ele paga.

Solto as cartas no feltro verde, deixando-as visíveis para os quatro. Cinco, se contar o se
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