Ponto de Vista de Máximo Bianchi.
O som dos monitores ecoava no meu ouvido. Bip… bip… bip… constante, frio, cruel.
E aquele maldito som agora parecia o som da vida dela… pendurada por fios, por máquinas, por mãos de médicos que faziam o possível e o impossível, enquanto eu… eu estava completamente impotente.
Quando os médicos disseram que ela estava viva, mas em coma… eu não soube se agradecia por ela estar viva ou se caía de joelhos implorando pra Deus acordá-la.
Meu mundo… a minha mulher… estava entre a vida e a morte.
Meu corpo tremia. Meus músculos estavam tensos, doloridos. Meus dedos estavam entrelaçados no meu próprio cabelo, e eu andava de um lado pro outro, feito um louco, feito um animal enjaulado prestes a surtar.
— Porra, Serena… não faz isso comigo. — murmurei, olhando através do vidro daquela sala que parecia uma prisão de vidro, onde ela estava deitada, imóvel, pálida, frágil.
Deus, como era cruel vê-la assim. Minha mulher… aquela que sempre teve o olhar mais vivo, mai