Ponto de Vista: Máximo Bianchi
Eu nunca vou esquecer o momento em que peguei meu filho no colo pela primeira vez.
Aquele pequeno ser, tão perfeito, tão meu… tão nosso. Lucas. Meu Deus… ele era lindo. Tão frágil, tão inocente. Naquele instante, tudo fazia sentido. Todo sacrifício, toda dor, toda luta… estavam ali, refletidos naquele olhar pequenino que tentava, mesmo sem entender, se conectar comigo.
Mas… a vida…
A vida tem essa mania cruel de nos lembrar que a felicidade plena, às vezes, dura segundos.
O som…
Aquele som maldito.
Bip. Bip. Bip. BipBipBipBipBip…
O olhar dela. O corpo dela…
Serena.
O sorriso que ela carregava, exausta, mas radiante, simplesmente…
sumiu.
— Serena?… Amore? Ei, amore mio! Serena! — minha voz saiu sufocada, trêmula, desesperada.
Seus olhos reviraram. O corpo tombou.
O pânico tomou conta de tudo dentro de mim.
— SERENA! NÃO! CAZZO, NÃO! — gritei, apertando Lucas contra meu peito, sem saber se segurava meu filho, se corria pra ela, se rasgava aquele maldito ho