Ponto de vista: Giovanna Bianchi Ferraro
Assim que meus olhos pousaram naquela cena, meu sangue ferveu. Enrico. Aquele desgraçado. E pra piorar, com uma brasileira. E não era qualquer uma… alta, bonita, corpo de modelo, sorriso perfeito. Aquele tipo de mulher que, só de olhar, eu sabia que ele escolheu a dedo. Só pra me atingir. Filho da puta.
Engoli seco, ajeitei meu vestido — colado, vermelho, que abraçava cada curva minha — e caminhei na direção deles. Minha mão tremia, mas não era nervosismo. Era raiva. Desejo. E, acima de tudo, aquele maldito fogo que esse homem acendia em mim desde que me entendo por gente.
Cheguei sorrindo, disfarçando o ódio como quem veste um manto de elegância. Cumprimentei meus primos, tio Aron e a esposa Chloé — que me olhava desconfiada, provavelmente farejando que alguma merda estava prestes a acontecer — e segui até onde ele estava.
— Boa noite — sorri, falsa, cruzando os braços abaixo dos seios, que praticamente transbordavam do decote. — Beatriz,