Sinopse: Após a trágica perda de sua mãe, Luana, uma talentosa pianista de apenas 18 anos, se vê forçada a deixar sua vida tranquila no Brasil e se mudar para os Estados Unidos, onde tudo é novo e desconhecido. Em meio ao luto e à adaptação, ela descobre que sua música tem o poder de tocar não apenas corações, mas também almas atormentadas. Em sua nova universidade, Luana rapidamente se torna o centro das atenções, atraindo a atenção de um grupo de meninos enigmáticos e irresistíveis, cada um com segredos obscuros e desejos intensos. Enquanto tenta se ajustar à sua nova realidade, Luana se vê envolvida em um jogo perigoso de obsessão e paixão, onde cada um deles está disposto a lutar pelo seu coração. No entanto, esses jovens têm um passado sombrio que os une, e a atração que sentem por Luana pode trazer à tona não apenas amor, mas também Obsessão e a dor. À medida que os laços se estreitam e os segredos começam a emergir, Luana deve enfrentar não apenas os sentimentos intensos que despertam nela, mas também os desafios de um amor que pode ser tão destrutivo quanto apaixonante. Em um mundo onde a linha entre o amor e a possessividade é tênue, Luana terá que decidir até onde está disposta a ir para proteger seu coração e descobrir quem realmente merece seu amor.
Leer másCalebe Gray
Era tarde de outono quando saí do meu Ford Raptor preto e entrei direto em casa, subindo as escadas. Lá estava ela, no mesmo horário de sempre, praticando o seu piano desde quando a família Alencar se mudou ao lado da minha casa. Luana tem sido meu vício secreto. Lá estava ela tocando sua versão de "Enchanted" (Taylor Swift) e eu fico observando; odeio pop, mas nunca imaginei como poderia ser tão bonito e melódico ao som de um piano. Tirando meus amigos, que são minha família, nunca senti nenhum sentimento por ninguém; nunca namorei. Pra quê ser apenas de uma pessoa se posso ter todas que quiser e sem ter toda aquela responsabilidade de dar satisfação ou ficar me preocupando com o bem-estar de alguém? Mas Luana tem algo que me prende toda vez que a vejo tocar. Quando a ouço, é como se o mundo sumisse ao meu redor. Não sei explicar. Eu quero estar perto dela a todo momento, mesmo não a conhecendo "ainda". Seu pai é mais um dos novos sócios, junto com todas as famílias mais importantes da cidade, e pelo que ouvi, ela é filha única, a princesa do papai. Rezo para que pelo menos ela seja do nosso ano na escola. Nate Yosaki Nunca na minha vida tive espaço para erros; sempre tive que ser bom. Ser bom jogador, ter boas notas, um corpo em forma, boa educação, menos, é claro, quando estava junto com os caras; sempre nos metemos em confusão. Mesmo sendo rico, não quero depender do meu pai; quero ter minhas decisões e escolhas. Tudo tem que ser do meu jeito. Não espero nada de ninguém; as únicas pessoas que têm minha lealdade são minha família e meus melhores amigos. Desço as escadas e ouço risos vindo da cozinha; acho estranho, pois minha mãe não disse que teríamos visitas hoje à noite. - Querido! Minha mãe vem em minha direção, me puxando pelos braços. - Quero que conheça alguém! - Essa é Luana Alencar; seu pai é nosso mais novo cliente e está em uma reunião com o seu pai no escritório. A voz de minha mãe praticamente some dos meus ouvidos quando coloco os olhos na coisinha pequena ao seu lado, de cabelos pretos cacheados e olhos inocentes. Ela estende sua mão em minha direção. - É um prazer lhe conhecer. Retribuo o aperto encarando seus olhos, que desviam do meu. - Lua vai estudar na sua faculdade, Nate; acho que está no mesmo ano que o seu. Minha mente ferve com a notícia de que todos os dias verei esses olhos. Luana Alencar era toda delicada com o vestido impecável; ela não precisa de muito para ser bonita; o simples já a tornava sensacional aos meus olhos. - Lua é uma aluna prodígio; conseguiu uma bolsa integral no curso de música, ouço minha mãe dizer. - Como fez isso tão nova? - Sou pianista, aprendi desde cedo com minha mãe - responde timidamente. Ela me fez sentir diferente; quando nossos olhos se cruzam, parece que pode ver minha alma, que enxerga a escuridão dentro de mim, e minha escuridão gostou dela. Dominic Petrovec Vazio, isso é tudo que se resume à minha vida; tirando meus amigos, não tenho mais nada. Em mim, nunca existiu e nunca vai existir espaço para o amor; acho tolo quem tem esse sentimento; é graças a ele que tudo se arruína. Nunca tive nenhum relacionamento com ninguém, apenas transas casuais e um monte de vagabundas que ficam se arrastando atrás de mim e dos meus amigos. Na verdade, nunca precisamos nos esforçar para conseguir algo; se queremos, temos e ponto final. Mas tudo mudou em uma manhã, até eu ver ela, Luana Alencar; além de seu pai ser sócio e amigo do meu, ela é vizinha de Calebe, meu melhor amigo, e aparentemente companheira de turma na aula de Música de Travis, meu irmão. Eu odeio o fato dele existir e odeio o fato dele estar perto de tudo que é meu. Sim, Lua é minha desde o momento em que coloquei os olhos nela no primeiro dia que chegou à cidade e jantou aqui em casa. Pela primeira vez, me senti vivo; quero essa sensação de novo. Sempre odiei jantares de negócios, mas esse foi o único que fiquei rezando para durar uma eternidade, para olhar mais aquela perfeição da natureza. Lua era estrangeira; seu corpo era totalmente diferente das meninas de sua idade. Uma menina com o corpo escultural de uma mulher: seios fartos, cintura fina em formato de violão, quadril grande, com uma bunda maravilhosa. Noah Scott Desde quando nasci, meu pai me ensinou que dinheiro e poder são o que move o mundo, e essa lei também foi ensinada não só a mim, mas praticamente a toda a cidade de Thaney Bay. Minha família mexe com praticamente todo o dinheiro que gira em torno da cidade, junto com as famílias Grey, Yosaki, Petrovec e agora Alencar. A família Alencar é a mais nova associada à parceria de nossa família e, como futuro herdeiro e sócio, meu pai me obrigou a ir com ele na casa dos Alencar, que por coincidência fica ao lado da mansão Grey. Quando chegamos, ouço de fora um barulho de uma linda melodia sendo tocada em um piano. Tocamos a campainha e somos recebidos pela governanta, que nos leva à sala, onde ficamos à espera de Guto Alencar. Quando ele entra, logo diz que não preciso participar da reunião e meu pai, como sempre para agradar, não o contrário, quando eles entram no escritório, me deixando na sala, aproveito o momento e sigo a melodia que está sendo tocada. Lá vejo ela com um lindo vestido amarelo, com seus cabelos longos e cacheados caindo até a metade das costas; ela estava tão concentrada em sua melodia que nem notou minha presença. - Linda música! Eu digo, e ouço o som ser parado abruptamente, fazendo com que ela percebesse minha presença. - Desculpa, não queria te interromper, mas meu pai está com o seu no escritório e eles me mandaram aqui - digo, mentindo na cara dura com uma desculpa para ela não achar que sou um doido. Seus olhos pretos apenas ficam me observando. Ela sai de seu piano e vem em minha direção. - Luana! Ela estende a sua mão em minha direção. - Noah Scott! Digo, apertando sua mão de forma gentil, sem desviar meu olhar uma única vez. Logo, uma senhora aparece com uma bandeja cheia de bolo, suco e biscoitos. - Mirra, vejo que conheceu nosso novo amigo - ela diz, sorrindo de forma gentil. - Venham, vamos até o jardim para um lanche da tarde. Lua e eu seguimos a senhora até o jardim e nós três sentamos para o lanche e conversamos sobre a cidade enquanto a reunião terminava.Lua Dois anos depois...Sinto um peso em cima do meu corpo e, quando olho, Margô está em cima de nós, pulando na cama. - Mamãe, papais, acordem! Está nevando lá fora! - Ela diz, pulando em nosso meio, e toda a intenção de dormir até mais tarde foi jogada para o espaço. É isso o que acontece quando você tem quatro maridos e três filhos. Eu e os meninos finalmente nos casamos logo depois que descobri a gravidez dos gêmeos. Sim, eu tive dois meninos: Michael e Matteo. Margô ficou toda empolgada com o posto de irmã mais velha e os meninos, todos babões, na esperança de querer montar um time de futebol americano. O Natal estava próximo e a nossa ceia seria na casa de Gabriel. Depois de tudo o que houve, decidimos dar uma nova chance para ele, e Gabriel está saindo muito bem no papel de avô babão. Lexy também está se saindo bem no papel de tia; ela ama jogar futebol com as crianças, mesmo com os gêmeos mal sabendo andar direito. Nenhum deles sabe, mas nossa
Lua Um mês depoisFinalmente, nossa família estava completa. Eu e meus namorados, barra maridos, finalmente estamos juntos e decidimos morar permanentemente em Thaney Bay, mesmo eu tendo um pouco de receio. Entendo o lado deles, já que toda a parte de trabalho deles está aqui. Reformamos a casa de Nate para que nós pudéssemos conviver em plena paz, o que era totalmente difícil, já que éramos uma mulher e quatro homens. Mas, com muito custo, eles entendem que preciso do meu espaço. Então, retornei para a faculdade e uso o período da manhã para estudar, enquanto Margô está na escolinha. Quando saio da aula, algum dos meninos me busca na faculdade e depois buscamos Margô na escolinha. Tentamos fazer o máximo para sermos uma família, mesmo não sendo tradicionais. Vou para o estacionamento e, quando vejo, todos os meninos estão me esperando dentro do carro. Sinto um gelo percorrer minha espinha e tento parecer o mais calma possível. Noah e Nate estão sen
Dominic Entro no escritório e começo a socar a parede com toda a força que tenho. Calebe vai em direção ao bar e serve um copo de whisky, enquanto Noah e Nate permanecem com expressões preocupadas. Durante nossa estadia na casa de Gabriel, ele recebeu uma ligação informando que o Titã havia deixado o porto. Ao ouvir isso, imediatamente percebi que algo estava muito errado. Quando Travis negou qualquer envolvimento no desaparecimento de Lua, ele veio à minha mente como um forte suspeito.Minha intenção era ter ido atrás daquele navio imediatamente, mas não sabia em que condições Lua e Margô estavam. A prioridade era a segurança de minha mulher e filha. Então, informei Gabriel sobre Margô, e pela primeira vez, quase consegui ver um sorriso em seu rosto. Quando ele decidiu tomar a frente no resgate, eu neguei. Quem deveria salvar Lua éramos nós. E Travis não escaparia; acabaríamos com ele de uma vez por todas.Quando pedimos para rastrear o navio, soubemos que
LuaApós alguns dias, a pressão de estar dentro daquele navio se torna insuportável. Já procurei em todos os lugares, mas não encontrei nenhum meio de comunicação. A maior parte do tempo, Travis permanece ao meu lado, e eu só consigo estar com Margô algumas horas por dia. Agradeço a Deus por ele não ter tentado nada comigo durante esses dias; meu ciclo já está quase acabando e sinto que preciso inventar uma desculpa. Aproveito os poucos momentos sozinha e me sento na proa do navio, tomando sol enquanto olho para o vasto oceano à minha frente. Será que ainda estão me procurando ou pensam que os abandonei por causa do Travis? Não é possível que me deixem aqui por tanto tempo. Observo ao redor, mas não consigo ver nada além de água. Subo para a cabine de direção e pego os binóculos, tentando ter uma visão melhor da imensidão. Ao descer de volta para a proa, avisto o que parece ser uma lancha bem distante. Será que eu conseguiria pedir ajuda sem que Travis perceba?
Lua Encontro-me de costas para a porta do box, tentando manter a calma e ignorar a presença de Travis logo atrás de mim, observando-me. Ele não me permite fechar a porta, enquanto deslizo o sabonete pelo meu corpo. De repente, a porta do box se abre.— Desculpe, amor, mas não consegui resistir a ver você assim na minha frente. — Ele toma o sabonete da minha mão e envolve seus braços em minha cintura, beijando meu pescoço enquanto desliza o sabonete delicadamente pelo meu corpo. — Porra, você é tão linda, não sei como consegui resistir por tanto tempo. Você é perfeita, tão minha! — Ele me vira contra a parede fria, pressionando seu corpo contra o meu, e sinto sua ereção abaixo do meu umbigo. — Travis... por favor! Podemos fazer isso outra hora. Eu realmente quero ver nossa filha, ela deve estar assustada. — Digo, tentando ao máximo escapar de suas mãos.— Claro, amor, temos a noite toda para isso! — Ele se aproxima para me beijar, mas viro o rosto, faz
Lua Abro os olhos e sou tomada pelo desespero. A última coisa que lembro é de estar no carro com Travis e Margô. Tento olhar ao redor, mas só encontro escuridão. Algo está amarrado ao redor dos meus olhos, e minhas mãos estão presas atrás de mim. Movendo-me, percebo que estou deitada em algo macio, que se parece com uma cama.Preciso sair daqui, encontrar minha filha e pedir ajuda o mais rápido possível. Ouvindo um barulho de porta se destrancando, fico em silêncio, tentando me mover o menos possível. O medo toma conta de mim e minha respiração se torna ofegante. Sinto um peso ao meu lado e mãos que começam a mexer nos meus pés, tirando meus tênis. Ele faz movimentos como se estivesse me acariciando.— Quem é você? — pergunto, sentindo uma lágrima escorregar pelo meu rosto. A pessoa não responde.— Onde estão minha filha e Travis?— Fico feliz em saber que você está preocupada comigo, pêssego! — ouço a voz de Travis e, então, me lembro de que no carro ele est
Último capítulo