Trilogia Valente Completa! 3 livros em 1. Por isso a história tem muitos capítulos. Dark Romance com BDSM Maya é uma jovem universitária que viu os sonhos ruírem com a falência do pai e a doença da mãe, que se agrava rapidamente. Sem recursos, ela busca na prostituição a ajuda que necessita, mas falha miseravelmente com o plano. Porém, o seu caminho se cruza ao de um homem maduro que dará a ela o que precisa. No entanto, ele deseja algo em troca: que ela se submeta ao seu bel-prazer. Victor é um experiente Dominador de mulheres, que mostrará a Maya que é possível aprender a viver de modo o qual nunca imaginou. Mas ambos não estão prontos para tamanha paixão que se aproxima nem para a chegada de novos e antigos inimigos. Chicotes, amarras e deliciosos castigos esperam por você nesta intensa e insana história de amor.
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Maya
Aos dezoito anos eu fui aceita na Universidade de Houston, no Texas, através de uma bolsa integral de estudos. Uma futura médica na família foi motivo de grande orgulho para todos, principalmente para o meu pai, Teddy. Ele pregou por meses a minha carta de aceitação na porta da geladeira, exibindo-a para qualquer pessoa que chegasse na nossa casa.
Toda manhã, quando entrava na cozinha para o café, ele olhava para ela e sorria como se fosse um cheque assinado de muitos zeros à direita. Lembro-me de que no dia em que recebi a tão esperada correspondência, ele passou horas ao telefone contando a todos que conhecia, que a sua garotinha estava indo para a faculdade.
Ele sempre foi um homem simples, mas dono de grandes sonhos. O maior deles era que a sua única filha pudesse ser alguém na vida com um diploma na mão. O segundo, ele realizou há seis anos quando finalmente tirou o projeto do papel e abriu a sua própria oficina de restauração de carros antigos.
Mas, às vezes, a alegria tem prazo de validade. O seu negócio não se encaminhava bem nos últimos meses. Dívidas e mais dívidas se acumulavam desde que descobrimos que a minha mãe, Meredith, estava doente. Ela era a melhor mãe, esposa, filha e amiga que alguém poderia ter o prazer de conhecer.
Ele se dividia entre o trabalho e o hospital, mas era complicado fazer isso com a ajuda de poucos e comigo estando tão longe de casa nove meses por ano. Ainda assim dizia não se cansar e nem se importar de fazer sacrifícios por ela, afinal, juraram se amar até que a morte os separasse, mas eu sabia o quanto era difícil para ele.
Quando criança, sempre admirei o carinho de ambos, um com o outro. Apesar das dificuldades que enfrentaram juntos, o amor deles ainda era único e lindo. Sempre pensei que um dia teria com alguém o que eles tinham como casal e como uma família, mas não foi bem assim que começou para mim.
A minha vida amorosa se iniciou com Mark: meu primeiro namorado, paixão e primeira transa. Pensava que virgindade era algo lindo e delicado, que devia ser dada a quem provou lhe amar, ou, pelo menos, a quem você acreditou que te amava.
Nós nos conhecemos na festa de boas-vindas da universidade, na primeira semana de aula. Ele sorriu para mim com aqueles dentes brancos e perfeitos e eu correspondi, é claro! Quem não corresponderia àquele sorriso tão sedutor?
Uma hora depois, eu estava deitada em uma cama desconhecida e sob ele. Quando o clima esquentou, tive que lhe dizer que era virgem e que não estava preparada para ter relações, ainda mais em uma festa e na cama de uma pessoa qualquer. Ele disse achar aquilo lindo e prometeu que faria por merecê-la. Eu sorri boba, inocente e quase apaixonada.
Mark encheu os meus ouvidos com coisas que qualquer garota tola gostaria de ouvir: “Isso é incrível!”, “Você é maravilhosa!”, “Você se respeita!”, “Mulheres como você são especiais”, e eu acreditei.
Um mês se passou desde aquela festa e eu tinha um namorado lindo que preparava a noite perfeita a qual eu daria a ele o que ambos desejávamos. A minha primeira noite aconteceu e foi tudo romântico e perfeito. Mark nos levou para um fim de semana fora da cidade em uma cabana nas montanhas. Tivemos um jantar à luz de velas, banhos quentes na hidromassagem e sexo gostoso por três dias, a maior parte do tempo.
Quando completamos nove meses de namoro, nós éramos felizes e realizados, achava que tinha encontrado a pessoa certa para a minha vida, com quem me casaria depois da formatura.
Foi na mesma festa em que o meu caminho se cruzou com o dele, que conheci a Penny: a garota que se tornou a minha mais nova melhor amiga e confidente. Ela se aproximou elogiando o meu vestido e elogiei os seus sapatos. Conversamos, bebemos algumas cervejas e ela apresentou-me a algumas pessoas. Penny era o tipo de amiga que se metia em confusões por você e que, quando fazia algo idiota, ela não temia em me dizer. Ela completava a minha felicidade longe de casa.
Mas a bolha mágica cor-de-rosa da felicidade em que vivi por nove meses, estourou-se quando o meu pai deixou uma mensagem de três minutos na caixa de mensagens que mudou o meu mundo. Era a triste notícia de que a minha mãe estava com câncer de mama, no estágio dois. Naquele mesmo dia, eu voltei para casa uma semana mais cedo do programado, preparada para enfrentar o diagnóstico junto aos meus pais.
Estive ao seu lado durante a recuperação de uma mastectomia total e todas as sessões de radioterapia e quimioterapia que aconteceram durante as minhas férias de verão. O meu pai fez um ótimo plano de saúde, que dava a ela um tratamento rápido e com máximo de conforto. Eu sabia que isso não sairia barato e que estava além dos nossos bolsos, mas não podíamos medir esforços para minha mãe.
Quando as férias acabaram, voltei para a universidade no início de setembro com a boa notícia de que ela estava, enfim, indo de encontro à cura.
Com o meu pai endividado, ele não poderia mais me ajudar a me manter na faculdade. Fiz alguns esforços e abri mão da minha grade curricular de matérias para trabalhar à noite. Foi difícil acostumar com a nova rotina, mas estava dando tudo certo.
Pelas manhãs, eu frequentava as aulas. No período da tarde estudava na biblioteca do campus com o meu grupo de estudos; e à noite, trabalhava como garçonete no Roger’s, um bar local perto da universidade. O salário não era ruim, mas o horário era cansativo. No entanto, as gorjetas compensavam, ainda mais em noites de show.
Aquela não foi a última noite do Victor. Vieram algumas outras depois. Noites de prazer, amor e até um pouco de tristeza. Porém, aquele foi o nosso último Natal. O último que o tive ao meu lado. Que trocamos presentes. Que dissemos eu te amo ao pé da árvore. É estranho e é cômico como não sabemos nada sobre o amanhã. Embora a gente planeje o dia seguinte ou o ano seguinte, em um minuto tudo pode mudar. Seu planos podem ser arrasados por um tsunami. Por um coração que decide não mais bater. Naquele Natal eu aprendi algo antes que fosse tarde. Aprendi que todos os dias são especiais e que, sim, é preciso construir memória afetivas. Elas são primordiais para ajudar na saudade. A saudade a qual não se mata com uma ligação, uma visita. Seis meses depois daquele fim de ano, Victor nos deixou. Deixou esse mundo para viver uma vida melhor em outro lugar. Talvez na companhia da minha mãe. Talvez na companhia dos seus pais ou, até mesmo, da sua primeira esposa. Eu sei que ele a amou muito. E
Todos voltaram a conversar e a rir. Olhei para Grace e ela sorriu para mim, colocando um pedaço do frango na boca. O sorriso chegava aos olhos que me diziam que ela sabia exatamente o que estava acontecendo ali. Senti meu rosto ruborizar e um pouco de vergonha.Durante todo o jantar vieram ondas de calor. Eu estava quase correndo para fora de casa e rolando na neve. Victor ligou e desligou aquilo inúmeras vezes. Enquanto comíamos a sobremesa, achei que gozaria. Meus olhos se fecharam e eu suspirei, cruzando as pernas. O quanto depravado e inconsequente era isso que estávamos fazendo?— Gostou da sobremesa, querida? — perguntou a minha avó quando grunhi baixinho.— Ah, ela gostou muito. Está até vermelha — disse Grace, cutucando de leve Penny com o cotovelo. Ela olhou para mim, franziu o cenho e depois sorriu. As duas se entreolharam e deram uma risadinha.Nós acabamos e seguimos para a sala. Parei atrás do sofá e agarrei o seu encosto, respirando fundo e tentando manter a pose de não-
Após o café da manhã, subi para me arrumar. Quando desci, encontrei as meninas dependuradas no avó que estava de pé no meio da sala, ao lado da Chloe. Eles já eram esperados para esse Natal, mas haviam chegado mais cedo. Eu adorei a surpresa. Isso significava mais tempo com o meu pai e sua nova esposa. Depois de mais algum tempo, as surpresas na manhã de Natal não pararam. A cada vez que a campainha tocava, eu entrava em completa euforia. Victor não havia apenas planejado uma ceia de Natal. Ele havia planejado uma grande festa. Clarice, Grace, Sasha, Maggie, Kim, Penny... Estavam todos ali. A casa estava cheia, barulhenta e feliz. Eu não tenho ligação sanguínea com nenhuma dessas pessoas. Mas não é preciso ter para que sejam a minha família. Para que eu os ame! Mary e Louise estavam tão eufóricas quanto eu. Elas ganharam mais presentes do que no aniversário. Rasgaram todas as embalagens e se divertiram com tudo o que ganharam. Mary me pediu a câmera e tirou muitas fotos, até que o
Deixei a sala e subi para o quarto. Victor estava no banho. Quando saiu e viu-me sentada na beirada da cama, encarando as caixas sobre as minhas coxas, ele se aproximou. Nu.Parou à minha frente, com o pau a um palmo de distância da minha face. Olhei para ele e ri.— O que tem nas suas mãos? — perguntou curioso, secando os cabelos com a toalha.— São presentes para as meninas. Enviados pela Eliza.Ele parou o que fazia e encarou-me com o cenho franzido.— Me dê isso! — ordenou, jogando a toalha no chão.Entreguei as caixas para ele, que abriu uma e depois a outra.— O que tem aí?— Bonecas de pano. Fotos minhas e... uma carta.— Posso ver?Entregou-me as caixas.As bonecas eram lindas, feitas à mão. As fotos me fizerem sorrir. Era Victor quando mais novo. Os cabelos ainda escuros, pele sem rugas, sorriso contagiante como ainda é.Victor apanhou a carta e a abriu-a. Não era para as meninas. Era para ele. Em silêncio, a leu sentado ao meu lado. Quando acabou, colocou-a de volta no envel
Há algumas semanas, ele estava namorando uma digital influencer da qual não gostávamos muito. Então após o término conturbado, o qual o motivo não sabíamos, disse que passaria o Natal longe de casa e foi para o México há uma semana.— Noivos? — perguntei um pouco chocada.— É — respondeu Caleb, engolindo em seco. Ele estava nervoso.— Você está grávida? — Victor perguntou para a menina, sem delongas. Eu o cutuquei com meu cotovelo, encarando-o com reprovação.— Não, pai. A Maria não está grávida.— Por que ela não fala? Ela não sabe inglês?A menina estava nervosa. As mãos se contorciam. Apesar de parecer que não entendia nem uma palavra, entendia que a situação estava ficando tensa.— Não. A gente pode conversar em espanhol?— Acho que primeiro nós dois devíamos ter uma conversinha em particular. — Victor usou um tom rude. Maria deu um passo para trás, quase se escondendo atrás de Caleb.— Okay! — disse, batendo as palmas e chamando a atenção de todos para mim. — Todos tranquilos. ¿U
Nós comemos os biscoitos e bebemos todo o leite. As meninas pediram para que o pai colocasse músicas de Natal e assim ele fez. Nunca na vida imaginei uma mulher mandando em Victor, ainda mais duas. Isso é um pouco engraçado.Nós terminamos de pintar os discos de madeira e deixamos sobre o bar ao canto da sala, secando. Mary deitou-se no chão para desenhar. Segundo ela, estava fazendo os nossos presentes de Natal. Louise me pediu colo e nós nos sentamos no sofá. Os seus pezinhos descalços estavam gelados e eu os coloquei debaixo no meu suéter de lã. Ela riu e aninhou-se mais em meus braços.Victor surgiu vindo do escritório, como uma caixa enorme nas mãos. Eu sabia o que tinha ali dentro, mas as meninas nunca tinham visto aquilo antes. Ficaram curiosas e acharam que o Papai Noel já havia passado.Ele se sentou ao meu lado e abriu a caixa. As meninas olharam curiosas, apanhando as fotografias que havia ali dentro.— O que pretende fazer com essas fotos? — perguntei.— Deixar esse Natal
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