Dominic
 Aproximo-me da janela que oferece vista para a piscina e acendo um cigarro. Ao olhar para fora, vejo Lexy, Travor e Travis conversando. No entanto, minha atenção se desvia imediatamente para uma morena de cabelos cacheados, sentada ao lado de Lexy, que ri e conversa animadamente com Travor e Travis.
 *O que ela pensa que está fazendo, distribuindo sorrisos para esses dois idiotas?*
 — Filha da puta! — exclamo, jogando o cigarro no lixo e cerrando as mãos em punho.
 Calebe se aproxima da janela, curioso sobre o que está me irritando.
 — É ela? — pergunta, apontando para minha morena.
 — Ela quem?
 — A vizinha gostosa que toca piano, eu já havia dito a vocês.
 Lanço um olhar fulminante para ele. Como ele pode desejar o que é meu? Noah e Nate se juntam a nós na janela, observando em silêncio. Nate, em um momento de descontrole, puxa os cabelos nervosamente e diz:
 — Puta que pariu!
 — Ela é a morena que veio aqui outro dia, apontando para fora — acrescenta Noah.
 Calebe me observa atentamente.
 — Não me diga que ela é a gostosa que você conheceu na empresa do seu pai?
 — Sim — respondo, puxando um novo cigarro para minha boca.
 Noah se recosta no sofá, com um olhar pensativo, como se estivesse se perdendo em seus próprios pensamentos.
 — Noah? — grito, chamando sua atenção.
 — Nós quatro estamos interessados na mesma mulher. Qual a chance disso acontecer?
 Todos nós o encaramos, absorvendo a gravidade da situação.
  Nate
 Pulo sobre Noah, segurando sua camiseta.
 — Como assim, você também gosta dela?
 Ele me analisa com um olhar crítico.
 — Que porra é essa, Nate?
 — Ninguém pode encostar nela.
 — Quem é você para me dizer o que posso ou não ter? Dominic se aproxima, encarando-me diretamente.
 — Vocês três só vão usá-la.
 — Olha, eu não vou sacrificar meus amigos por causa de uma mulher, mas também não vou me afastar dela só porque vocês querem — diz Calebe, defendendo seu ponto de vista.
 — Vocês estão todos malucos.
 — Não fode, Yosaki! Você critica a gente, mas também está obcecado por ela — retruca Noah, assim que o solto.
 — Isso tudo é um grande problema.
 — Ninguém está pedindo para você se meter em nada — resmunga Dominic, acendendo outro cigarro.
 — Vocês são minha família! — ele afirma, apontando para nós três.
 — E parece que nenhum de nós está disposto a abrir mão dessa garota.
 — Então, sim, ela é um problema, porque vamos entrar em conflito se alguém cruzar o caminho dela lá fora — digo.
 — Ela pode ser de nós quatro — exclama Calebe, fazendo todos nós virarmos para ele.
 — Eu não divido o que é meu e não estou disposto a fazer o que você e Dominic fazem com as outras mulheres.
 — Quem beijar ela primeiro, fica com ela.
 — Sério que você quer fazer uma aposta com ela, Calebe? Para você, ela não passa de mais uma, não é? Noah e Dominic me encaram, os olhos cheios de intensidade.
 *Quem eles pensam que são para achar que têm algum poder sobre ela?*
  Calebe
 — Eu gosto da Lua e a vi primeiro, então não venha me dizer o que ela significa para mim, pois ninguém aqui tem a menor ideia do que sinto. — grito, desafiando-os.
 — Se ninguém vai abrir mão de nada, não teremos escolha a não ser fazê-la ser apenas nossa.
 Os quatro nos encaramos em silêncio por um momento antes de nos aproximarmos novamente da janela, onde nossa pequena e frágil Lua está.
 — Vamos levá-la ao limite, até que ela não veja saída e a única opção seja nos amar — diz Noah, fixando os olhos nela.
 — Mas se ela escolher um de nós, os outros devem aceitar e abrir mão dela. Se não houver escolha, então namoraremos todas.
 — Eu aceito! — digo, afirmativo.
 — Eu também — concorda Dominic, jogando a bituca do cigarro na lixeira.
 — Então temos um acordo, senhores — diz Noah, olhando para Nate, que finalmente se manifesta.
 — Tudo bem! — ele responde, olhando para fora com um sorriso astuto.
 Nós quatro nos afastamos da janela, com a tensão ainda no ar. A ideia de compartilhar a mesma mulher, transformando-a em um prêmio, parecia mais próxima de se concretizar do que qualquer um de nós havia imaginado.
 Noah, com um brilho nos olhos, começa a elaborar um plano.
 — Vamos nos aproximar dela de maneira sutil. Precisamos conquistar sua confiança, mostrar que somos diferentes e que temos algo a oferecer.
 — E como você sugere que façamos isso? — pergunta Dominic, cruzando os braços, claramente cético.
 — Podemos começar convidando-a para sair. Um passeio no parque, um jantar… algo que a faça se sentir especial — eu respondo, já entusiasmado com a ideia.
 — Uma ideia idiota! — Nate interrompe, balançando a cabeça. — E se ela não se interessar por nenhum de nós? Vamos acabar parecendo uns idiotas.
 — Não podemos pensar assim! — retruca Noah. — Precisamos ser otimistas. É a única maneira de conquistá-la. Cada um de nós pode mostrar um pouco de si, talvez ela acabe se apaixonando por um de nós.
 — Então, quem vai falar com ela primeiro? — pergunta Dominic, sua voz revelando uma crescente disposição para a ideia.
 — Eu posso fazer isso — diz Nate, ajeitando a camiseta. — Tenho certeza de que posso convencê-la a sair.
 — E se ela não quiser? — indaga Dominic, preocupado. — Precisamos estar prontos para qualquer resposta.
 — Se ela não quiser, tentamos novamente. Não podemos desistir tão facilmente — diz Noah, determinado.
 Nós quatro trocamos olhares, a ansiedade misturada à excitação. Sabíamos que o que estávamos prestes a fazer poderia mudar tudo entre nós, mas a possibilidade de ter Lua em nossas vidas era irresistível.
 — Então, vamos fazer isso — afirma Dominic, finalmente concordando. — Mas lembrem-se: se ela escolher um de nós, os outros devem respeitar a decisão.
 Eu sorrio, sentindo que o plano estava tomando forma. Dominic e Nate se dirigem de volta à janela, observando Lua, que ainda conversava animadamente, alheia ao turbilhão de emoções que se desenrolava entre nós quatro.
 — Está na hora de agir — murmura Noah enquanto se prepara para dar o primeiro passo nesse novo plano que estamos traçando.