Joana abriu os olhos devagar, um sorriso fraco surgindo nos lábios.
— Letícia... você veio... — murmurou, a voz quase um sussurro. — Desculpa, minha querida... eu não queria te preocupar...
— Não fala isso, por favor. — disse, segurando a mão dela, que estava fria. — O que está acontecendo?
— Eu comecei a me sentir mal e... e tentei pegar os remédios. — ela aponta para o chão, onde só então eu vejo um vidro de comprimidos aberto e vários dele no chão. — Eu não consegui me abaixar para pegá-los e fui ficando mais nervosa...
Ajoelhei-me rapidamente, juntando os comprimidos com cuidado e colocando-os de volta no frasco.
— Joana, você está sentindo o quê? — perguntei, tentando manter a voz calma, embora o pânico estivesse crescendo. — A gente precisa te levar para o hospital, vem, eu te ajudo.
Ela balançou a cabeça devagar, o esforço visível em seu rosto pálido.
— Não, minha querida, não precisa de hospital. — murmurou, a voz fraca, mas firme. — Eu sei que Marcos contou... meu tr