A mesa no jardim estava repleta de travessas coloridas e o aroma de comida caseira, mas para mim, o ambiente era denso com a presença de Marcos Vinicius, ou melhor, Mark, à cabeceira, conversando animadamente com Rayane e meus pais. Ele parecia perfeitamente à vontade, um cavalheiro charmoso e atencioso, totalmente alheio (ou assim parecia) ao caos interno que eu sentia. Minhas tias, já recompostas do incidente do vinho, retomaram suas conversas sobre os sucessos dos filhos, intercalando com observações sobre o quão "sortuda" Rayane era por ter encontrado um homem tão "bem-apessoado e educado". Eu, no canto da mesa, tentava me camuflar entre um arranjo de flores e a garrafa de vinho, optando por um silêncio estratégico enquanto mastigava minha comida sem sabor. — Então, Marcos, o que você faz? — meu pai, João, perguntou com um sorriso acolhedor. Mark, com seu jeito descontraído, mas sempre polido, respondeu. — Eu trabalho com engenharia, senhor João. — Mark, com seu jeito descontr
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