O salão era pequeno, íntimo, exatamente como elas queriam. Nada de igreja, nada de multidão. Apenas quarenta cadeiras brancas alinhadas em semicírculo, flores de campo em vasos de vidro espalhados pelo chão, luzes quentes penduradas no teto como estrelas caídas. No centro, um arco simples de madeira clara, coberto por folhas de eucalipto e rosas brancas. O violão ao vivo tocava uma versão suave de “Perfect”, de Ed Sheeran — escolha da Marina, claro.
Eu estava na salinha lateral, ajustando o vestido azul turquesa pela milésima vez. A barriga fazia o tecido esticar um pouco, mas o modelo fluido disfarçava bem. Marcos, do meu lado, de terno cinza-claro, ajeitava a gravata, nervoso como se fosse ele o noivo.
— Você está linda — ele sussurrou, beijando minha têmpora. — E eu tô morrendo de medo de você entrar em trabalho de parto no meio do “sim”.
Eu ri, dando um tapinha no braço dele.
— Bolinho prometeu se comportar. E nós ainda temos mais um mês pela frente.
A porta se abriu. A cerim