Uma hora havia se passado desde que Marcos fora embora animado. Ele soltou um “você não sabe como isso tudo vai me ajudar, cunhadinha” antes de sair pela porta do meu apartamento.
Minha dor de cabeça tinha finalmente cedido, e, com a ressaca sob controle, decidi que era hora de colocar a casa em ordem — e, quem sabe, a minha cabeça também.
Liguei o rádio na sala, o som de uma playlist animada enchendo o apartamento. Enquanto varria o chão e organizava as almofadas do sofá onde Marcos dormiu, comecei a dançar, cantarolando alto com a música. Era uma sensação estranha, quase eufórica, como se uma parte de mim soubesse que a Beck ia adorar o Marcos. Ele tinha o brilho, a autenticidade, tudo o que a campanha precisava. Se o teste fotográfico desse certo, eu poderia finalmente impressionar o Jefferson e garantir meu lugar com a Beck Way. Pela primeira vez em dias, eu sentia que as coisas podiam dar certo.
Joguei os cabelos para o lado, girando com a vassoura na mão, cantando o refrão d